A história do Brasil, lamentavelmente, está ligada ao autoritarismo. Na época colonial, nossas terras e população estavam submetidas ao jugo da monarquia portuguesa, que trouxe escravidão e servidão para muitos dos povos que ajudaram a formar a identidade nacional. No Império, já com o Brasil “independente”, a escravidão foi utilizada como pilar da estrutura política. O Império só existia porque havia pessoas escravizadas.
Com a proclamação da República, em 1889, ocorreu um golpe militar que acabou com o Império. As primeiras décadas republicanas foram marcadas pelo domínio das oligarquias, que concentravam o poder em poucas mãos. Em 1930, ocorreu a revolução que colocou Getúlio Vargas na presidência. O varguismo trouxe benefícios à população, mas se constituiu sob a égide da ditadura. O primeiro governo de Getúlio, principalmente no período do Estado Novo (1937-1946), inspirou-se nos regimes nazifascistas e foi marcado pelas perseguições políticas e pela repressão.
E o que dizer da Ditadura Militar, entre 1964 e 1985? Mais repressão, impulsionada por torturas, assassinatos e intensificação das desigualdades sociais. Com a nova democracia, a partir de 1985, as desigualdades foram combatidas, houve resultados positivos, mas ainda temos um País caracterizado por grandes diferenças sociais e por corrupção.
A história do Brasil, tão difícil e autoritária, deve ser rememorada constantemente para a população em geral e, em especial, para os políticos, que têm nas mãos a possibilidade de construir um País melhor. A população, por sua vez, deve estar cada vez mais atenta à política e participar da política, para que o autoritarismo e as desigualdades sejam superados. É possível um Brasil melhor, sim.