O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a variação de preços da cesta de consumo de pessoas com mais de 60 anos, ficou em 1,67% no quarto trimestre de 2011 e superou em 0,76 ponto percentual o resultado do trimestre anterior (0,91%). Com isso, o indicador acumulou no ano alta de 6,19% e ficou abaixo da taxa acumulada pelo Índice de Preços ao Consumidor Geral (IPC-BR) no mesmo período (6,36%). Em 2010, o IPC-3i havia registrado elevação acumulada de 6,27%.
De acordo com dados divulgados ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV), a principal pressão para o aumento do índice entre os dois trimestres partiu dos alimentos, cuja taxa passou de 0,82% para 2,38%. Ficaram mais caros ou reduziram o ritmo de queda os itens hortaliças e legumes (de -12,28% para -3,22%), carnes bovinas (de 2,74% para 9,69%) e pescados frescos (de -4,15% para 1,74%).
Também pesaram mais no bolso do consumidor no último trimestre do ano os gastos com educação, leitura e recreação (de -0,27% para 2,43%), vestuário (de 0,77% para 2,57%), saúde e cuidados pessoais (de 1,19% para 1,45%), transportes (de 0,63% para 1,05%) e despesas diversas (de 0,15% para 0,74%).
Por outro lado, houve decréscimo na taxa de habitação (de 1,25% para 1,22%). Subiram com menos intensidade os preços de aluguel residencial (de 2,21% para 1,39%) e eletrodoméstico (de 0,11% para -3,12%).
Thais Leitão/Agência Brasil