O governador Tarso Genro recebeu, nesta segunda-feira, 3, no Palácio Piratini, um conjunto de recomendações para melhorar as políticas públicas voltadas ao meio ambiente. Acompanhados do secretário executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, Marcelo Danéris, integrantes da Câmara Temática do Meio Ambiente destacaram a necessidade de implantar um projeto de zoneamento ecológico econômico. O grupo defendeu ainda a criação de um organismo técnico para acompanhar as ações de gestão das bacias hidrográficas.
Satisfeito com o trabalho promovido pela Câmara Temática, o governador afirmou que o Conselhão também deverá colaborar na fiscalização das diretrizes apontadas no documento. “Grande parte das recomendações do Conselho de Desenvolvimento já se transformaram em políticas públicas no Estado. Agora, vou examinar os documentos que eles trouxeram e transformar aquelas que forem pertinentes em políticas públicas, além de pedir um acompanhamento do Conselho para verificar a efetividade das propostas que ele faz ao Governo”.
Caroline Bicocchi/Palácio Piratini
Tarso Genro (centro) pretende criar políticas públicas a partir das recomendações entregues nesta segunda
Investimentos
Secretário do Meio Ambiente, Neio Lúcio Pereira confirmou investimentos de R$ 2 milhões – com recursos do Banco Mundial – na compra de equipamentos para fazer batimetria (utilizada em estudos de travessias, barragens, rios e lagos) e o início dos trabalhos de zoneamento no litoral, no Guaíba e no Bioma Pampa. “Esses equipamentos serão repassados à Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH) que vai fazer uma leitura da situação do Guaíba e avaliar suas potencialidades econômicas”. Neio ressaltou ainda a necessidade de reestruturação dos órgãos ambientais: Secretaria do Meio Ambiente (Sema), a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e a Fundação Zoobotânica (FZB).
A conselheira Georgina Bond Buckup defendeu melhorias no setor ambiental. “Precisamos ter uma estrutura forte, coesa, com funcionários novos, com concursos para pessoas qualificadas, com nível técnico aprimorado”. Além de destacar a importância do zoneamento ecológico econômico, a conselheira afirmou que é preciso integração entre os órgãos. “Precisamos de transversalidade nas questões ambientais que devem ocupar as políticas públicas do RS. Queremos ter uma interação com a Saúde e Educação e com as questões ambientais, que hoje não é muito frequente”. (Felipe Samuel/Redação Secom)