Alyne Motta – [email protected]
O colecionismo é a prática que as pessoas têm de guardar, organizar, selecionar, trocar e expor diversos itens por categoria, em função de seus interesses pessoais. Não é raro encontrar adeptos a esta prática, seja por um desejo existente ou simplesmente juntar.
E por desejo de reunir coisas está o aposentado Walter Enio Steinhaus. Sua paixão por colecionar latas e garrafas de cerveja começou muito por acaso. “Numa ceia de Natal recebi um estojo com duas cervejas importadas. Como achei bonito, deixei na sala”, relembra o colecionador.
Alyne Motta
Walter e parte da sua extensa coleção
Posterior a isso, os amigos que o visitavam percebiam o presente e, a cada viagem que faziam, traziam como presente as cervejas importadas para Walter. Então, oficialmente, em 1995, iniciou sua coleção. O que começou com algumas coisas, hoje chega às 2.843 peças, entre garrafas, latas e barriletes.
ORGANIZAÇÃO
Mais do que simplesmente reunir os objetos, Walter tem tudo catalogado. “Cada uma das latas ou garrafas eu tiro foto e tenho informações, separadas por produtos e por países”, explica o colecionador. Inicialmente reunia tudo em um caderno, mas com o tempo foi faltando espaço.
Ele lembra que, logo no início, a esposa e as filhas iam para o supermercado com o caderno. “Elas ficavam olhando nas prateleiras se existia alguma coisa que eu não tinha em minha coleção”, comenta. “Da mesma forma acontecia com os amigos”, acrescenta Walter.
Alyne Motta
Nas paredes do corredor encontra-se boa parte das latas
Nos tempos em que trabalhava, deixava a paixão como segundo plano. Com a aposentadoria, pode dedicar mais tempo. “Tô sempre buscando informações na internet e entrando em contato com as cervejarias. Boa parte do meu dia eu fico aqui”, afirma o colecionador.
Hoje, boa parte dos produtos que possui foi doada pelas cervejarias ou por amigos. “Como tenho muito contato com as empresas, quando menos espero chega o sedex com algum exemplar. Sem falar das pessoas que conhecem esta minha arte de colecionar, e me trazem como presente”, explica.
EXPOSIÇÃO
Para Walter, ter as latas e garrafas guardadas em caixas é a mesma coisa que não ter. Pensando nisso, mandou fazer diversos armários nas paredes da casa, onde deixa exposta sua paixão. As estantes de madeiras foram confeccionadas sob medida, aproveitando cada espaço vago.
Mas não é somente guardar. O colecionador preocupa-se com a ordem e a organização. Duas vezes no ano, tira todas as peças dos armários com o objetivo de tirar o pó. “É tudo por minha conta. Minha esposa somente limpa as portas de vidros”, procura deixar bem claro a situação.
Alyne Motta
Garrafas de cerveja são dos mais diversos países
Quando perguntado sobre uma estimativa de valor das peças, Walter é categórico. “Para um colecionador, o valor passa de real a sentimental. Todo o meu investimento é uma forma de alimentar a minha paixão”, garante. “Por isso que não existe algo mais raro ou menos especial”, acrescenta.
Mas quem pensa que as latas, garrafas e barriletes são guardadas cheias, está muito enganado. Walter faz questão de consumir uma a uma. “A embalagem vale bastante, mas o gosto também importa”, brinca o colecionador, que divide as provas com toda família.
VISITAÇÃO
Na coleção de Walter existem 16 barriletes de 5 litros, 487 garrafas, dos mais variados tamanhos, 2339 latas, e um sifão para choppe. Quem quiser conferir as peças, pode agendar visitas através do e-mail [email protected], ou dar uma olhada no facebook do colecionador.
