Começou a Copa do Brasil e com vitória da Seleção. Mas confesso que fiquei preocupado a tarde toda. Primeiro com o estádio do Corinthians, que foi escolhido para abrir a Copa no Brasil, onde fizeram dezenas de estádios, inclusive com muitos que não vão servir pra nada depois da Copa…
Além de ser feio, quadrado, uma verdadeira imitação do velho Pacaembu, a Arena Corinthians dificultou a vida de quase todo mundo, principalmente dos jornalistas que tentaram chegar às cabines e ficaram trancados num elevador e os demais ficaram dependendo de um outro apenas.
Depois com bola rolando, um começo preocupante, a defesa vazando, um meio-campo apático e um ataque inexistente. Fred simplesmente confirmou que a camisa 9 que foi de Tostão, Dinamite, Serginho, Careca, Romário, Ronaldo Nazário, entre outros, hoje está com um jogador fraco, sem carisma, que não impõe respeito e ainda por cima teve que enganar o juiz cavando um pênalti que não foi.
Daniel Alves nada mais fez o que o Pará faz sempre pelo Grêmio e é tão criticado. Hulk confirmou que está mais para ser um personal trainer do que um atacante da seleção mais famosa do mundo. Portanto, o Brasil abriu a Copa, teve protestos como se temia, o time mostrou vários problemas como se previa, mas ganhou o jogo. Tranquilos? Não, ninguém ficou tranquilo…
A Croácia foi um time valente, marca muito, jogadores fortes e rápidos, vai incomodar na chave. Agora vem o México em Fortaleza, que seja mais tranquilo e que os problemas sejam menores, no estádio, no time e nas ruas…
Pouca fé
O time do Felipão entra na competição sem levar muita fé ao povo brasileiro, tão acostumado a torcer por times recheados de craques nas copas passadas. Hoje é Neymar e Neymar, os demais são todos iguais, parelhos, talentosos… Mas nenhum outro Neymar.
Entramos na competição como mais um bom time como Alemanha, Itália, Espanha, Argentina, França, Portugal… Não se pode dizer que o Brasil é favorito, mesmo jogando em casa. Longe disso. Hulk e Fred formam um ataque dos mais limitados e discutidos dos últimos mundiais. A diferença é exatamente o Neymar que vem de trás e pode surpreender em apenas um lance.
Apesar de a Copa ser aqui, não lembro de uma Copa do Mundo que chega sem verde e amarelo nas ruas. O povo não está empolgado, talvez não por causa do time, mas por tudo que cercou esta Copa. Os estádios, os gastos, a polêmica, o dinheiro gasto num país que tem um povo com tantas outras prioridades.
É Copa, a Copa do Brasil. Vamos dar um tempo para as lamentações e vamos torcer pela família Felipão. Que Neymar consiga fazer a diferença e, com a determinação dos companheiros, nos dê pelo menos a alegria do título…