Realizamos, este ano, a terceira edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, um trabalho do Instituto Pró-Livro (IPL), com o apoio das suas entidades fundadoras, CBL, Snel e Abrelivros. O estudo, o maior e mais significativo sobre o tema no País, nos mostrou dados relevantes, a começar pelo fato de que, na média, cada brasileiro lê quatro livros por ano.
Muitos fatores têm contribuído para isso, como a queda nos preços, o aumento do poder aquisitivo da população, resultante da inclusão social e ascensão econômica de numerosas famílias, e o esforço do mercado editorial no sentido de difundir o hábito de ler e facilitar o acesso ao livro. É preciso, ainda, lembrar do e-book, que tem contribuído para atrair o interesse dos jovens, conforme temos constado no Congresso Internacional CBL do Livro Digital, cuja terceira edição realizamos em maio (dias 10 e 11).
O resultado de tudo isso é que metade dos brasileiros é leitora, ou seja, leu pelo menos um livro nos últimos três meses. A notícia é ótima, mas temos de trabalhar muito para que os outros 50% também se tornem leitores. Essa conquista é importante para o desenvolvimento do País e, principalmente, para cada indivíduo, conforme demonstra um dado emblemático da pesquisa: 64% dos entrevistados afirmaram que “ler pode fazer uma pessoa vencer na vida e melhorar sua condição socioeconômica”.
Acredito piamente nessa afirmação! Por isso, é importante que todos descubram o prazer e o valor da leitura. Um autêntico portal para esse universo de conhecimento,cultura e lazer é a 22ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, em agosto, no Anhembi. O evento, promovido pela CBL, atrai grande volume de público e é elemento formador de novos leitores.
Todo esforço deve ser feito para que a próxima edição dos Retratos da Leitura nos revele que mais brasileiros transformaram suas vidas viajando pelo mundo mágico do livro!
*Empresária do setor editorial, é a presidente da CBL (Câmara Brasileira do Livro)