EVERSON BOECK
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Um grande avanço para os usuários da RSC 287, principalmente no Trevo Fritz e Frida, foi anunciado ontem em Santa Cruz do Sul. O secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Beto Albuquerque, participou de um almoço no Restaurante do Quiosque da Praça e, à tarde, de uma audiência realizada no Ministério Público onde ele anunciou a ordem de início do projeto de duplicação da RSC 287, no trecho entre Venâncio Aires, Santa Cruz e Candelária, no qual está incluído o viaduto do trevo.
A primeira notícia foi dada durante almoço com prefeitos, vereadores e lideranças da região no Restaurante do Quiosque da Praça. Beto Albuquerque disse que o projeto também é muito importante para a Secretaria. “Além de poder atender uma demanda atual da comunidade, este estudo vai nos permitir quantificar o que estamos falando, isto é, poderemos estimar custos reais para qualquer negociação futura”, lembrou.
DUAS OPÇÕES PARA EXECUÇÃO
Beto Albuquerque argumentou que na duplicação da RSC 287 está incluído o projeto do viaduto do Trevo Fritz e Frida e para a concretização deste há dois orçamentos e dois caminhos. A primeira possibilidade para fazer o complexo rodoviário é aguardar a duplicação da rodovia. Só o projeto levaria um ano, após ocorreria a licitação para execução da obra e, provavelmente, em 2014 ela começaria de fato. O prazo deste processo estimado pelo Estado seria de, no mínimo, dois anos e meio porque dependeria de verbas públicas e processos licitatórios.
A segunda opção, preferida pelo governo, ocorreria em menos tempo. A obra seria executada e custeada pela atual concessionária responsável pela rodovia, a Santa Cruz Rodovias, até o término de seu contrato, em dezembro do ano que vem. O processo de elaboração do projeto e construção da obra levaria, no máximo, um ano e meio. No entanto, o valor investido seria devolvido à concessionária no mesmo período porque o valor do pedágio subiria 20% em agosto, de R$ 6,70 para cerca de R$ 8,05 nas praças de Candelária, Rio Pardo e Venâncio Aires. Após dezembro de 2013, quando acaba o contrato, este plus seria retirado da tarifa e ela passaria a ser reajustada normalmente.
Em qualquer um dos casos, o valor da obra é de aproximadamente R$ 18 milhões.
AUDIÊNCIA PÚBLICA VAI DECIDIR
A decisão por uma ou outra medida sairá depois da audiência pública que o Ministério Público convocará, através da 2ª promotora de Justiça Especializada em Defesa Comunitária de Santa Cruz do Sul, Simone Spadari. O objetivo do encontro, segundo ela, é que a população opine sobre o aumento na taxa dos pedágios.
A promotora solicitou que a Santa Cruz Rodovias e o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) apresentem, na oportunidade, uma simulação de todos os cálculos tarifários. “A comunidade precisa saber quanto isso vai custar no seu bolso. Embora o Daer tenha autonomia, ele não vai executar a obra sem ouvir a comunidade primeiro”, informa Spadari.
Conforme o presidente da Associação de Moradores de Linha Santa Cruz (Amorlisc), Antelmo Stöelben, a proposta do governo atende as necessidades da população. “Não vamos questionar as formas de pagamento desta obra, queremos é que a obra seja feita no menor tempo possível e vidas possam ser preservadas”, destaca.
Carlos Martins, conselheiro da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do RS (Agergs), enfatizou que quando foi realizada a concessão em 1996 a realidade de fluxo era totalmente diferente. “Isso não foi previsto no contrato naquela época. Hoje a quantidade de pessoas e veículos é outra”, salienta. Além disso, Martins salientou a necessidade de se dar agilidade à decisão pela realização da obra. “Quanto mais o tempo passar, menor será o tempo para execução do projeto antes do término do contrato com a concessionária e, consequentemente, maior será o reflexo no valor das tarifas. Não podemos permitir que o cidadão seja punido com um valor insuportável, privando-o o direito de ir e vir”, conclui.
Albuquerque também colocou em pauta o trecho entre Rio Pardo e Cachoeira do Sul. Segundo o secretário, a obra que está em execução há 20 anos será concluída até 2014.
FOTOS: ROLF STEINHAUS
Um grande avanço para os usuários da RSC 287, principalmente no Trevo
Fritz e Frida, foi anunciado durante a visita de Beto Albuquerque
Beto Albuquerque: realização do projeto em menor tempo poderá
representar aumento dos pedágios em 20% durante um ano e meio
Secretário assinou a ordem de início do projeto de duplicação da RSC 287,
no trecho entre Venâncio Aires, Santa Cruz e Candelária, no qual está
incluído o viaduto do Trevo Fritz e Frida