Somos gaúchos, no Rio Grande do Sul. Fazemos fronteira com a Argentina e o Uruguai. Argentinos e uruguaios possuem a tradição “gaucha” (sem acento, em espanhol). Portanto, possuímos muito em comum com nossos “hermanos” fronteiriços. Chimarrão, carnes, vinhos, futebol. O Uruguai é um dos maiores campeões do esporte bretão. Foi campeão mundial em 1930 e 1950, é o maior vencedor da Copa América, com 15 títulos.
O Brasil, por sua vez, é cinco vezes campeão mundial, é o maior vencedor da Copa do Mundo. Portanto, pentacampeão planetário. Antes da Copa do Mundo de 1930, o Uruguai foi campeão olímpico em 1924 e 1928. Como a Copa de 1930 foi a primeira edição do evento, a Fifa considera que os campeões olímpicos anteriores àquele ano podem usar estrelas de campeão mundial em suas camisas.
Assim, o Uruguai pode ser considerado tetracampeão mundial (1924, 1928, 1930 e 1950). Em janeiro de 1981, a Seleção Uruguaia tornou-se “campeã das campeãs mundiais”. O título foi conquistado no Mundialito realizado em Montevidéu. Participaram as seleções campeãs da Copa do Mundo até então: Uruguai, Brasil, Argentina, Alemanha Ocidental e Itália. A única campeã que não quis participar do Mundialito foi a Inglaterra, substituída pela Holanda, vice-campeã em 1974 e 1978.
O Uruguai de 1981 contou com dois ídolos da dupla Gre-Nal que se destacariam por Grêmio e Internacional na década de 80: o zagueiro Hugo de León e o meia Rubén Paz (uma coincidência “gaucha” e gaúcha, que tal?). O Mundialito 1981 poderia ser considerado, não-oficialmente, como o quinto título mundial do Uruguai, o que igualaria brasileiros e uruguaios como pentacampeões, de forma simbólica.