A Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) divulgou o resultado da pesquisa Educação e tecnologias da informação, realizada com os estudantes que participaram do Viva Unisc em novembro de 2011. A iniciativa contou com o apoio do Núcleo de Pesquisa Social (Nupes) e de diversos departamentos da instituição. O questionário foi respondido por 364 alunos do Ensino Médio de escolas de Santa Cruz e região.
A apresentação dos dados foi feita pelo professor Marco André Cadoná na sala 101, bloco 1 do campus. Os resultados foram comentados pelo pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, João Pedro Schmidt, pelos professores Felipe Gustsack e Cesar Góes e pelo membro do Diretório Central de Estudantes (DCE), Diego Goergen. A formação escolar, o perfil socioeconômico, a expectativa em relação ao ensino universitário, os hábitos de leitura e escrita e a relação com os meios de comunicação foram alguns dos aspectos abordados.
Desirê Allram
Diego Goergen, João Pedro Schmidt, Cesar Góes e Felipe Gustsack
O público feminino predominou entre os participantes da pesquisa com 60,7%, sendo que a maioria dos respondentes tem 17 anos. Os dados apontaram que 36% dos jovens estão trabalhando e 32,7% nunca trabalhou, mas está procurando emprego; 32,8% são assalariados com carteira assinada; e 86,5% realizaram ou realizam o ensino médio em escola pública. Com relação à leitura, 29% raramente leem livros e 62% têm o hábito de ler textos na internet todos os dias. Música é o assunto preferido para leitura (36%), seguida de poesia e romance (32,4%).
A pesquisa também revelou que 56,3% dos jovens utilizam a internet como o principal meio de comunicação e 29,7% a televisão. “Observa-se que a televisão está sendo deixada de lado e substituída pela internet”, disse o professor Cadoná. Outro dado relevante é que 96,7% dos respondentes possuem celular e 65,9% tem computador. “Percebemos que há uma defasagem com a apropriação das tecnologias da informação por parte dos professores, ou seja, quando usam, não sabem usá-las”, salientou Cadoná.
Segundo o pró-reitor João Pedro Schmidt, o resultado da pesquisa está dentro de uma média nacional. “Os jovens de agora se deparam com instituições desgastadas de anos anteriores e a sociedade não apresenta nada de muito novo para eles”, destacou. “O que preocupa é que não temos muita perspectiva de mudança para essa nova cidadania que está surgindo”, completou Schmidt.