A 46ª edição da Expointer abriu espaço para o debate sobre a importância da cadeia produtiva do tabaco. Ao lado da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), a Federação Nacional dos Trabalhadores Nacional das Indústrias do Fumo e Afins (Fentifumo) e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul e Região (Stifa), engrossaram o coro em defesa dos trabalhadores – no campo e na indústria – na cadeia produtiva do tabaco. A expectativa é sensibilizar o governo federal, no que se refere a participação do Brasil na próxima 10ª Conferência das Partes (COP-10) da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, que ocorre no Panamá, em novembro deste ano.
Conforme o Presidente da Fentifumo e do Stifa, Gualter Baptista Júnior, a ideia é fazer com que os mais de 40 mil trabalhadores da indústria do tabaco possam ser representados junto às lideranças mundiais que debaterão, em novembro próximo, no Panamá, os rumos do acordo internacional para restrição ao tabaco. “Quando se fala em números, são 40 mil empregos diretos e mais de R$ 4 bilhões em salários e recursos gerados. Mas não é possível olhar apenas para os números, mas sim, para as almas destes trabalhadores que projetam na continuidade de seus empregos seus planos pessoais de vida”, afirma o Presidente.
Baptista Júnior, que foi um dos convidados do Painel Campo em Debate, organizado pelo Grupo RBS na 46ª Expointer destaca a importância da unidade do setor, com o diálogo e transparência na relação madura entre todos os elos da cadeia produtiva e seus representantes políticos, nas esferas estadual e nacional. “Estamos falando de um setor que é inclusivo, que emprega as mais variadas qualificações profissionais, por isso eu quero que andemos juntos e não tenhamos vergonha ou medo de dizer, cada vez que nos for perguntado onde a gente trabalha, seja na lavoura ou na indústria do tabaco, porque enquanto ela for legal deve ser defendida. O tabaco não mata, o que mata é a corrupção.”
O dirigente complementou sua participação no debate, destacando a agenda da Federação e do Novo Stifa com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, ocorrida em 8 de agosto, em Brasília. Na oportunidade, Marinho conheceu os números do setor e confirmou a preocupação com os trabalhadores. “Está registrado, o ministro exigiu que os trabalhadores do tabaco – sejam eles no campo ou na indústria – precisam ser respeitados. E quanto isso, não se espera menos do governo federal, por conta da organização e da representatividade desta cadeia econômica tão importante”, pontua o Presidente Gualter Baptista Júnior.
Até o fim do mês de setembro, o governo federal precisa informar a organização da COP-10 qual será o posicionamento do Brasil no evento, realizado no Panamá, entre 20 e 25 de novembro próximo. Além de uma posição favorável no que se refere à não “agressão” ao tabaco, as representações dos trabalhadores desejam ter um assento nas discussões do evento, que geralmente são restritas aos governos e lideranças da área da saúde.
Participaram do ato os deputados estaduais Kelly Moraes, Edivilson Brum e Airton Artus; os deputados federais Heitor Schuch, Marcelo Moraes e Alceu Moreira. O presidente do SindiTabaco, Iro Schünke e o presidente da Afubra, Marcilio Drescher e o gerente executivo da Associação Brasileira da Indústria do Fumo (Abifumo), Giuseppe Lobo e o presidente da Associação dos Municípios Produtores de Tabaco (Amprotabaco), Marcus Vinícius Pegoraro, prefeito do município de Canguçu.