Alyne Motta – [email protected]
Cultura e paz estão intimamente ligadas e correlacionadas. Pela cultura chegamos à paz, e esta desenvolve o ser humano no seu todo. Pensando em sempre trabalhar pelas duas causas, o vereador em exercício, Alberto Heck, apresentou uma lei baseada na relação intrínseca da paz e da cultura.
Por unanimidade foi aprovada a Lei municipal nº 6.585, de 17 de julho de 2012, e sancionada pela prefeita Kelly Moraes, onde cria o Dia Municipal da Paz e da Cultura. A Lei estabelece que nesta data sejam realizadas atividades alusivas ao tema, e que, em próximas edições, haja um acompanhamento por parte da comunidade.
A criação da data baseia-se em Nicholas K. Roerich, artista, arqueólogo, explorador, filósofo e humanista, que criou o tratado universal de paz e de proteção aos tesouros do gênio humano, que hoje leva o nome de Pacto de Röerich, também conhecido como a cruz vermelha da cultura.
Divulgação/RJ
Bandeira da Paz de Röerich é o símbolo do dia municipal
Dia 25 de Julho
Apesar do Pacto de Röerich ter sido assinado 15 de abril de 1935 o dia escolhido foi o dia 25 de julho. Para entendermos o porquê desta data é preciso voltar no tempo, mais precisamente na época da existência de uma civilização com muito conhecimento em astronomia: os Maias.
A contagem do tempo Maia baseava-se na observação da natureza e dos astros. Contava-se 13 ciclos lunares de 28 dias por ano solar resultando em 364 dias, mais um chamado de “Fora do Tempo”, entre o ano velho e o ano novo. Pelo calendário Maia do dia “Fora do Tempo” é o dia 25 de julho.
Eles consideravam esse dia como uma grande oportunidade de reciclar, recomeçar, recarregar as energias, libertar o que já não é mais preciso, agradecer por tudo o que foi recebido em todos os aspectos, bem como os menos bons, pois também são aspectos importantes na evolução dos seres humanos.
A visão de renovação vinculada a esta data é totalmente sincronizada com a proposta do Dia da Cultura e da Paz, quando as pessoas podem levar o modo de agir no dia-a-dia à uma reflexão buscando uma evolução pessoal e, como consequência, para a sociedade.
O objetivo é praticar ações que possibilitem a sua realização, conscientizando-nos da importância da cultura e da paz, que são expressões sinônimas, daí a instituição do dia 25 de julho como o Dia Municipal da Cultura e da Paz e a adoção da Bandeira da Paz, como símbolo maiúsculo dessa idéia.
O dia 25 de julho é o escolhido por não ser uma data política ou religiosa. É o dia ideal, pois nesse mesmo dia se comemora o dia universal da tolerância, do amor e do perdão, na cultura galáctica, tríade sobre a qual se sustentam todos e quaisquer projetos de cultura e de paz.
Bandeira da Paz
A Bandeira da Paz proposta é o símbolo de cultura e de paz, onde retrata um dos símbolos mais antigos do mundo. Suas três esferas foram descritas por Nicholas K. Roerich, como síntese de todas as artes, de todas as ciências e de todas as religiões, dentro do círculo da cultura.
Na bandeira que propôs, Roerich descreveu o círculo como uma representação da totalidade da cultura, com três esferas, cor vermelho púrpura, no seu centro, tipificando a arte, a ciência e a religião, três atividades sócio-culturais bem abrangentes e tinha como lema “Onde há paz, há cultura, onde há cultura, há paz”.