Alyne Motta – [email protected]
Quem nunca ouviu falar em patchwork? Trata-se de uma palavra inglesa que significa trabalho em retalhos. É uma arte muito antiga que consiste no corte de bocados de tecidos em formas geométricas, ligando-as depois para formar uma superfície de mosaico.
Esses trabalhos manuais acabaram ganhando espaço e hoje é um charme, encantando a todos. Há quatro anos, a técnica também acabou encantando Cristine Bergonsi de Farias. Santa-cruzense de coração, tem relação com o artesanato desde pequena, por influência da mãe e das irmãs.
“Por oito anos trabalhei com pintura em madeira. Estava sempre fazendo cursos e me atualizando, mas chegou uma hora que decidi mudar”, explica Cristine, que na mudança, conheceu o patchwork. “Era um trabalho bastante inovador para Santa Cruz do Sul e decidi arriscar”, complementa.
Como todo começo, ela admite que não foi fácil. Cristine nunca imaginou que iria confeccionar tantas coisas. “Sempre via minha mãe costurando, mas nunca me imaginava atrás da máquina”, comenta a artesã, que mudou de ideia muito rápido. “Comecei fazendo a mão e pouco tempo comprei uma pra mim”, garante.
De lá pra cá, foi só evolução. “Me apaixonei pelo trabalho e não quero mais parar. Embora exija muita paciência, é maravilhoso lidar com tecidos, combinar as cores e também criar”, avalia Cris. Para confeccionar os produtos, aposta muito no trabalho exclusivo.
A partir de pequenos detalhes, que são passados pelas clientes, vai usando a imaginação para criar as peças. “Cada trabalho é único, então tem que ficar de acordo com o gosto de cada um”, garante ela, que adora produzir peças pequenas. “Vejo o resultado mais rápido”, brinca Cristine.
Para chegar até um número maior de pessoas, passou a alimentar um blog com seus trabalhos e se assustou com o resultado. “Recebi um retorno muito rápido. É um desafio muito bom e me sinto realizada com meu trabalho”, explica ela, que produz peças para os mais variados lugares.
Os produtos confeccionados por ela surgem a partir de moldes e dos cursos que frequenta. “Por mais que já saibamos as técnicas, aprendizado nunca é demais”, avalia. E para produzir e estudar recebe o apoio incondicional da família. “Todo mundo participa e opina. São bem criteriosos”, afirma a artesã.
Tudo que é produzido possui um protótipo que fica com ela. “A primeira peça que faço nunca fica perfeita como eu gostaria, então serve de exemplo para as próximas”, comenta. Assim foi com o primeiro trabalho que produziu, um trilho de mesa que está na mesa da sua casa.
“Cada vez que olho para ele, me orgulho. Levei um mês para fazer ele, desmanchando e fazendo diversas vezes, e sei que tem muitas partes tortas, mas mostra minha superação. Nunca acreditei que fosse possível eu produzir qualquer coisa desse tipo”, argumenta Cristine.
Quem quiser conhecer um pouco dos seus trabalhos, pode conferir através do site http://crisfariaspatchwork.blogspot.com ou entrar em contato direto com ela através do fone (51) 9667 0292 ou ainda pelo e-mail [email protected]. Ela aceita as mais variadas encomendas.
Alyne Motta
Cristine e seus trabalhos: dedicação e paciência