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Uma ação por um sorriso

Alyne Motta
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Cada gesto nosso, tem uma repercussão. Seja boa ou ruim. Às vezes, pequenas ações transformam-se em grandes realizações. Foi assim no dia 30 de novembro, quando um grupo de integrantes da Loja Maçônica Filhos de Hiran promoveu um almoço no Instituto Humanitas.
Poderia ser só um almoço, mas foi muito mais. Para os 11 homens, moradores da Casa Irmãos Có, foi a certeza de que fazem parte da comunidade. “Por mais de uma semana ficaram comentando sobre como seria este almoço, e como seriam recebidos”, revela Paulo Thessing, coordenador da casa.
No dia, a felicidade tomava conta daqueles homens, que vivem no local em decorrência de determinadas doenças. “Alguns detalhes não permitam que eles vivam longe daqui e sem ajuda”, afirma o coordenador, que também estava radiante com a ocasião. “Esta atividade será o assunto da semana por aqui”, acrescenta.
Mesmo longe do Natal, o almoço foi considerado o presente do ano. “É gratificante ver ações como essa, de pessoas que acham um espaço no seu tempo e na sua rotina para contribuir. Eles são minha família e sinto-me agradecido por tudo”, explica Paulo, que há mais de 14 anos trabalha no ramo.
“É gratificante saber que existem pessoas que se preocupam com outras pessoas. Eles estão aqui, mas foram importantes para a sociedade. E hoje vocês são importantes para eles”, declara Paulo, pouco antes do almoço de confraternização ser servido. O cardápio? Isso era o que menos importava.
Para o venerável mestre Anacir Mendes Junior, o objetivo do almoço era sair da rotina e proporcionar momentos agradáveis com quem precisa. “Buscamos promover o verdadeiro espirito natalino, dando afeto, carinho e atenção para quem a sociedade, muitas vezes, esquece”.
Um tanto emocionado, Anacir e os outros participantes declaram não ter preço em ver a gratidão e o carinho de cada um. A atividade, mais do que os integrantes da Loja Maçônica, contou com a ajuda das cunhadas e sobrinhas, como são chamadas as esposas e filhos dos maçons.

Relação com a comunidade

Temida por muitos, a maçonaria é uma sociedade sigilosa, que visa a ajuda mútua. Ao contrário do que alguns dizem, o legítimo maçom não mata pessoas, e sim o preconceito, a dor, o abandono, a deslealdade, a aflição, o desespero… Munidos, uns dos outros, buscam fazer nascer uma nova sociedade, mais justa e perfeita.
Grandes maçons como Charles Chaplin, o músico Wolfgang Amadeus Mozart, o abolicionista Antonio Bento, o escotista Baden Powell, o revolucionário Bento Gonçalves, entre outros, deixaram grande marca na sociedade, com suas descobertas e ações, mantidas, muitas delas, até hoje.

Fotos Alyne Motta

A direita, o coordenador da Casa Irmãos Có, Paulo Thessing, com os responsáveis por proporcionar sorrisos aos moradores

O grupo de moradores da casa, que tiveram um almoço com muito carinho e atenção