Alyne Motta – [email protected]
A Diretoria Executiva da 28ª Oktoberfest e Feirasul – que acontece de 10 a 21 de outubro – realiza amanhã, 29 de junho, o lançamento dos shows nacionais da Festa da Alegria. O evento vai acontecer na Bierhaus a partir das 19 horas, seguido de coquetel para imprensa e convidados.
Logo após, no Ginásio Poliesportivo, às 23h30, acontece o show mais aguardado da temporada, com a banda Capital Inicial. Ali será marcada oficialmente a divulgação dos espetáculos musicais que farão parte da programação da maior festa alemã do Rio Grande do Sul.
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Show foi o mais pedido através do site e das redes sociais
Conforme o diretor de Marketing e Shows da 28ª Oktoberfest, Diego Puntel, a contratação está na fase final, com as aprovações e assinaturas de contrato. “Podemos adiantar que são nomes de expressão da música nacional, de diferentes estilos, que levaram em consideração as preferências do público da festa”, enfatiza.
A BANDA
Brasília é a cena, 1982 é o ano. A banda Aborto Elétrico se desfaz, abrindo espaço para a Legião Urbana e para o Capital Inicial. Os irmãos Fê Lemos na batera e Flávio Lemos no baixo, plantavam a semente. Dinho assumiria os vocais em 83, e em junho daquele mesmo ano o Capital dava seus primeiros passos.
O Capital conquistava cada vez mais os palcos undergrounds do Brasil. No sul e no sudeste todos começam a conhecer os três roqueiros de Brasília. Com o reconhecimento e o sucesso crescentes, em 1984 a banda assina seu primeiro contrato e se muda para São Paulo para lançar seu primeiro registro em vinil.
A estrada segue, ela é a casa dos seus passageiros. Os hits e músicas explodem, e se consolidam. Surgem novos clássicos. Em seu caminho a banda assume novas formações. Pessoas passam, umas ficam, outras retornam. Yves Passarel se junta ao grupo em 2002, assumindo a guitarra neste novo trecho da atual estrada do Capital.
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Yves Passarel, Fê Lemos, Dinho Ouro Preto e Flavio Lemos compõem o Capital Inicial
Atualmente é composto por Dinho Ouro Preto (vocais e guitarra), Flávio Lemos (baixo), Fê Lemos (bateria), Yves Passarel (guitarra) e, pelos músicos de apoio Robledo Silva (teclado e violões) e Fabiano Carelli (guitarra e violão). Nos últimos anos sofreu grandes modificações em seu estilo, tendo como maior influência o rock inglês.
DAS KAPITAL
O 12º disco de estúdio do Capital Inicial é o segundo renascimento do grupo em 28 anos de carreira. E, tal qual rebeldes incorrigíveis, a cada renascimento ousam mais. Na volta aos estúdios, os integrantes da banda decidiram que em time que está ganhando se mexe, sim.
O resultado foi uma abertura inédita de espectro dentro do estilo próprio que o Capital Inicial criou na discografia do grupo. Tem remissão a punk 77 e rock anos 00 norte-americano, power pop com ênfase no pop, nos acordes abertos, rock dançante inglês contemporâneo, baladas de piano e até climão de rock de arena.
O ingrediente subtraído na receita é simples – aquela sonoridade de vocais altos, formulado na explosão do gênero. “O Capital é isso ao vivo. Entramos em estúdio e ensaiamos juntos por três meses. Os arranjos foram feitos em conjunto. O disco fica com mais unidade desse jeito. E surgem riffs, os solos”, devolve Dinho.
Mas nem sempre foi assim. O Capital viveu bem como quarteto original – os irmãos Fê (bateria) e Flávio Lemos (baixo), o guitarrista Loro Jones e Dinho – entre 1984 e1993, quando o vocalista abandonou o barco, o que, se não o afundou, ao menos o tirou de vista no horizonte.
Na volta da formação original, cinco anos depois, foram pra Nashville, nos EUA, e gravaram um disco de inéditas, Atrás dos Olhos. Retomaram a carreira praticamente da casa 1 do tabuleiro – aí o primeiro renascimento e a ousadia. Passaram por nova mudança quando Loro saiu e para seu lugar foi chamado Yves Passarel.
OUSADIA
O passo além veio em toda a equipe e conceito, mas principalmente no som. Das Kapital é um disco com mais brilho, com suor mais evidente, por vezes com chimbau aberto e pé no retorno, em outras, com marcação dramática em piano. Na equação, algo de que o grupo se orgulha mesmo – a manutenção do estilo próprio.
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Das Kapital é o último álbum da banda, uma alusão a valores
“Existe um ponto que nos é muito valioso, o de ter atingido uma sonoridade própria. Antes mesmo de ouvir o vocal, você já sabe que é o Capital Inicial”, completa o vocalista. O nome do mais novo álbum da banda brasiliense é uma referência à bíblia marxista O Capital.
“Reunir o nome Capital Inicial com o título do mais importante livro de Karl Marx e, ainda por cima, fazer as fotos da capa na Bolsa de Valores nos pareceu uma piada irresistível. Mas, embora o humor tenha servido de inspiração, a combinação serve de pretexto para uma pequena discussão sobre valores”, relata Dinho.
E todos os valores podem ser apreciados no show da noite de amanhã. Os ingressos podem ser adquiridos na Loja Brasil Urbano (Marechal Floriano, 584), Farmácia Mais Econômica (Marechal Floriano, 571) e Cine Max Shopping Center (Sete de Setembro, 36) ou pelo site www.blueticket.com.br.
DISCOGRAFIA
1986 – Capital Inicial
1987 – Independência
1988 – Você Não Precisa Entender
1989 – Todos os Lados
1991 – Eletricidade
1995 – Rua 47
1998 – Atrás dos Olhos
2002 – Rosas e Vinho Tinto
2004 – Gigante!
2005 – MTV Especial: Aborto Elétrico
2007 – Eu Nunca Disse Adeus
2010 – Das Kapital