Início Colunas Um balde de água fria não tem de ser sinônimo de frustração

Um balde de água fria não tem de ser sinônimo de frustração

Paulo Porto, treinador campeão do primeiro turno do Campeonato Gaúcho pelo Caxias foi demitido pela direção do clube, após a derrota para o Grêmio por 3X1, no Estádio Olímpico, em Porto Alegre. Depois de ter garantido o time grená na finalíssima do Gauchão, o técnico não escondeu a frustração por não poder mais realizar o sonho de brigar pelo título. Decepcionado, não conseguiu entender os motivos que levaram o time a dispensá-lo:
– Perdi a oportunidade da minha vida, com a chance de disputar o título estadual. Esta foi a minha maior frustração. Depois de ter conquistado a Taça Farroupilha eu estava programado para a decisão, mas agora foi tudo por água abaixo. – confessou à imprensa.
A verdade é que todos nós traçamos planos para nossa vida. São eles que nos dão esperança e força para correr atrás daquilo que almejamos. O problema é quando nossos planos não saem como havíamos planejado ou dão desastrosamente errado. O que fazer? Frustra-se? Quem sabe. Mas a melhor saída é crer que se não deu, não era pra ser, aprender com a adversidade e se deixar ser surpreendido pelo acaso, sabendo que o acaso pode mudar tudo para melhor.
É como a incrível história que o internauta Carlos Gurgel postou na web:
“Era 29 de setembro de 2006, fim de semana de eleições, e eu iria de Manaus, onde vivia, até Brasília visitar minha namorada. No caminho para o aeroporto, notei que havia esquecido o título de eleitor. Voltei para pegá-lo e perdi o voo. Além da raiva, veio à cabeça o meu pai, que trabalhou 20 anos em empresas aéreas, dizendo: ‘Não falei pra chegar mais cedo?’. Peguei outro avião e pousei a tempo do jantar. Pouco depois, o telefone começou a tocar. As pessoas queriam saber se eu estava bem: o avião em que eu deveria ter embarcado chocou-se com um jato executivo Legacy e desapareceu. Quando os destroços do voo da Gol foram encontrados na Serra do Cachimbo (MT) e apareceram na TV sem nenhum sobrevivente, senti um frio na barriga.”
Pois é, às vezes, lá na frente, quando as coisas não saem como a gente planeja é que descobrimos porque elas acontecem exatamente da maneira que tem que ser. Aí falamos aliviados: “Nossa, foi melhor assim!”.
E você, como o Paulo Porto, já planejou algo que no fim deu tudo errado? Saiba que pode não ser tão ruim assim. Por isso alegre-se, pois um balde de agua fria não tem de ser sinônimo de frustração.