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Um álbum made in Santa Cruz do Sul

Alyne Motta
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Vinicius Correa e Claudio Veiga, violonistas, arranjadores e compositores do grupo Batuque de Cordas, juntamente a Mico Louruz, um percussionista brasileiro que vive há alguns anos na Bélgica, optaram por Santa Cruz do Sul para fazer as gravações do álbum Lendas Africanas.

Marcelo Amaral

Os músicos do Lendas Africanas, Claudio Veiga, Mico Louruz e Vinicius Correa

O Estúdio Boca de Sons, de Alison Knak, foi o local escolhido. “Vinícius Correa já havia gravado no local uma participação no CD de Killy Freitas”, comenta o produtor Éverton Kniphoff. “A qualidade do estúdio e o profissionalismo da equipe também foram determinantes para a escolha em se gravar este álbum aqui”, acrescenta.
O projeto cultural-educativo foi contemplado pela Sulgás para receber patrocínio via edital público. O álbum Lendas Africanas se destina ao público infantil e propõe, através do ato de contar estórias, levar ao mundo mágico, alegre e comunitário dos povos negros africanos.
O objetivo básico do projeto seria também através das estórias africanas,  demonstrar  ao público infantil, de forma  lúdica, descontraída e criativa, a força e a importância da palavra, da fala, da oralidade.  Para o negro africano o pensamento tem de ser coletivo. 
Para os músicos, a fala não é somente uma propriedade, uma manifestação do cérebro, do intelecto, e sim do corpo como um todo.  Para tanto, o álbum traz a importância do papel do africano na formação geral de nossa cultura, influenciando na maneira de falar, agir e de ver o  mundo.

O INÍCIO

Em anos anteriores foi produzido e realizado na Bélgica o espetáculo Lendas Africanas, direcionado para escolas e centros culturais da Europa. Vinicius Corrêa e Mico Louruz tiveram então a ideia em produzir esse CD no Brasil, em conjunto com o Batuque de Cordas, parceiros de longa data.
O projeto foi elaborado e encaminhado para a Lei Rouanet, do Ministério da Cultura, trabalho realizado pelo produtor cultural Éverton Kniphoff. Já no final do ano passado, o projeto foi um dos dez únicos selecionados pela Sulgás para receber patrocínio, viabilizando assim a concretização desta ideia.
Além dos músicos, complementa a ficha técnica Jackson Zambelli que assina pela direção narrativa e André Hunger na operação de gravação, com produção executiva de Éverton Kniphoff da Cruz. A fotografia é de Marcelo Amaral, Carmen Rohr na revisão de texto, Thomas Benz como designer e Antonio Sobral na ilustração.