Alyne Motta – [email protected]
Os nove dias em que a Praça Getúlio Vargas transforma-se no universo dos livros estão chegando ao fim. Amanhã, 2 de setembro, acontece o encerramento da 25ª Feira do Livro de Santa Cruz do Sul. Mas até o fim da tarde chegar, as atividades seguem intensas para a comunidade santa-cruzense.
Até quinta-feira, 27 de agosto, 13.100 pessoas circularam entre as bancas, totalizando 13.500 livros vendidos, conforme contagem dos livreiros. Entre os títulos de destaque estão as obras Cinquenta tons de cinza, de E.L. James, Querido diário otário, de Jim Benton e Diário de um banana, de Jeff Kinney.
Caroline Moreira
Público e vendas da Feira superaram a marca de 13 mil
Espaço para crianças
Público alvo da Feira do Livro, as crianças se divertem com animador cultural e as contadoras de histórias. “As crianças precisam gostar de ler desde cedo. Com alegria irá fazer com que cresçam com sabedoria e conhecimento”, declarou Sérgio Rosa em entrevista para a Agência A4, do curso de Comunicação Social da Unisc.
Entre os autores que passaram pelo palco da Feira, Mário Pirata foi o mais esperado, tanto que a comissão organizadora reservou dois dias para ele. “Um dia só é pouco para a quantidade de crianças que vem”, comentou a gerente do Serviço Social do Comércio (Sesc), Roberta Pereira.
Mônica Leal
Mário Pirata diverte crianças, mas também os adultos
Poeta e brincandeiro, como se intitula, Mário Augusto Franco de Oliveira, ou Mário Pirata, é presença confirmada na Feira do Livro. Acompanhado do seu inseparável pandeiro, encanta crianças, e também os adultos, por meio de suas poesias, músicas e brincadeiras.
Em entrevista à Agência A4, Mário Pirata afirma que o encantamento é importante para atrair as crianças. “Conhecimento sem encantamento não é eficaz. É meu lema. Estou aprendendo e a cada dia eu comprovo isso. E o que eu faço? Eu só brinco com as artes”, declarou.
Para o brincandeiro, o afeto é uma linguagem importante. “Tu não leva dessa vida o teu saldo bancário, o carro do ano ou o relógio de ouro. Tu leva os abraços que tu ganha. O meu tesouro são os abraços e os sorrisos dos meus amigos e o carinho que eu possa receber”, afirmou o poeta.
Cartas em alusão ao patrono
No Espaço Unimed Vales do Taquari e Rio Pardo (VTRP), o público visitante da 25ª Feira do Livro relembra o tempo da comunicação sem internet: a boa e velha carta. Antes dos e-mails e redes sociais, a comunicação passava por linhas escritas por canetas ou lápis, papel, envelope e enviadas pelos Correios.
Quem chega por lá, pode recordar essa prática hoje pouco usada que se tornou possível graças à iniciativa da Unimed na feira. O espaço funciona quase que em forma de máquina do tempo, onde remete qualquer visitante a um gesto simples: escrever uma carta e saber o endereço do destinatário.
A ideia é estimular as pessoas, quase que como uma maneira “romântica” de se comunicar, mais pessoal que os atuais correios eletrônicos, e outros meios que invadiram o cotidiano. Para tanto, o espaço disponibiliza todos os materiais, e ainda uma recepcionista orientando, para as pessoas enviarem as cartas.
Divulgação/Unimed VTRP
Exercício de escrever é atividade nova para muitos jovens