O termo Ufologia, estudo dos UFOs, na lingua inglesa “unidentified flying objects” significa, em nossa língua, o mesmo que OVNIs (Objetos Voadores Não Identificados). Quando falamos em ETs, estamos nos refeindo aos seres extraterrestres que, em tese, seriam os responsáveis pela pilotagem destas supostas naves não identificadas.
Aqui no Brasil, um dos casos mais conhecidos sobre avistamentos de ETs e de possíveis aparições de OVNIs e que inclui uma suposta captura de um daqueles seres, ocorreu em 20 de janeiro de 1996, na cidade de Varginha, no estado de Minas Gerais. Estes relatos foram rapidamente transmitidos no programa Fantástico, da Rede Globo de Televisão e divulgados para toda a mídia mundial. A partir de 1996 várias matérias jornalísticas e documentários relacionados a este fato foram publicados tendo por base entrevistas com dezenas de testemunhas mas que, entretanto, não apresentaram nenhuma prova mais contundente sobre o fato.
Mas acreditem, desde o dia 16 de janeiro daquele mesmo ano eu já havia me inscrito na esquina-das-listas (tipo grupo de WhatsApp), criado pela Unicamp – Universidade de Campinas, mais especificamente na lista sobre Ufologia. Haviam centenas de estudantes e pesquisadores conversando sobre este e diversos outros temas, numa época onde a internet apenas engatinhava aqui no Brasil. Esta tecnologia não estava aberta ao público em geral, mas apenas a professores e estudantes universitários. Falava-se muito sobre o caso Roswell, ocorrido nos Estados Unidos e que faço referência mais adiante. Guardo com carinho, em meu acervo, os comentários e as participações destes colegas de outras instituições que participavam deste grupo de entusiastas, inclusive com relatos de abduções e outras questões místicas. A partir do surgimento do Caso Varginha, com o grante fluxo de curiosos ingressando nesta lista, a Unicamp resolveu tirá-la de circulação, deixando os afixionados pelo assunto um tanto que aborrecidos com tal atitude radical. Troquei ideias com este pessoal até o dia 24 de março de 1997, data de meu último documento impresso que comprova o que que estou dizendo. Até sobre o Santo Sudário e outras questões místicas se debatia no grupo.
Um dos relatos mais interessantes que possuo foi o publicado no grupo em 20 de outubro de 1996 e que refere a uma reportagem com o empresário pelotense Haroldo Westendorff, no Jornal Zero Hora daquele dia. O fato teria ocorrido sobre a Lagoa dos Patos no momento que ele sobrevoava os municípios da região sul do Estado do Rio Grande Sul a bordo de seu pequeno avião monomotor. Haroldo nunca havia visto nenhum tipo de OVNI até então e muito menos acreditava na sua existência. Entretanto, no dia 5 daquele mês, o que observou fez ele mudar de opinião. Afirma ter visto durante 30 minutos um objeto na forma piramidal com extremidades arredondadas, sem emitir sons ou qualquer tipo de fumaça. O objeto tinha uma base do tamanho de um estádio de futebol com cerca de 100 metros de diâmetro e de 50 a 60 metros de altura. Ele tinha a forma de um cone, com os vértices arredondados, e percebeu que poderia acompanhá-lo. Por 12 minutos permaneceu voando ao redor do ovni, que representava ser uma nave-mãe e que se deslocava lentamente em direção ao Oceano Atlântico pode, assim, observar seus detalhes comenta Haroldo, O piloto contatou com o Aeroporto de Pelotas onde o funcionário Airton Mendes da Silva respondeu afirmativamente sobre o avistamento e também tentou manter contato com o Controle do Espaço Aéreo de Curitiba mas suas tentativas foram inúteis. Conheci Haroldo num Encontro de Ufologia na cidade de Santa Maria no Rio Grande Sul coordenado por Renán Mostajo, pesquisador que possui, ainda hoje, o Museu Internacional de Ufologia, História e Ciência Victor Mostajo na cidade de Itaara, pertinho de Santa Maria. Fiquei muito impressionado com o depoimento de Haroldo que aparentava não fugir com a verdade.
No entanto, anualmente, tem sido retratadas aparições de OVNIs em todo o Brasil, inclusive aqui em Rio Pardinho, distrito de Santa Cruz do Sul. Gilmar Wiesner, então morador da localidade, quando saiu de casa para ver o que estava ocorrendo com seus cachorros que não paravam de latir, olhou para o céu e viu um objeto extranho, luminoso e do tamanho de um avião de grande porte, pairando no ar. Era o dia 26 de maio de 2008 e o ocorrido aconteceu pelas 21h. Várias outras testemunhas (vizinhos) observaram o objeto naquele céu nublado.Eu conhecia bem o Gilmar, que era um rapaz sério, de boa índole e não parecia ser o inventor daquela estória mirabolante. Sua observação foi vinculada, na forma de entrevista, no programa Contatos Extraterrestres do conceituoso canal History Channel, dos Estados Unidos, além da imprensa local e estadual. A revista UFO editada no Brasil por Ademar Gevaerd também fez uma extensa reportagem sobre o fato relatado por Gilmar. O local no interior, por ser afastado das luzes da cidade, seria propício para a observação deste tipo de fenômeno nos céus.
De acordo com a Wikipédia- enciclopédia livre disponível na internet, a questão da vida extraterrestre já era apresentada em livros desde o final do século 19, principalmente no livro A Guerra dos Mundos, de H. G. Wells, escrito em 1898. Houve pânico em geral no mundo quando foi transmitido por um programa de rádio dos Estados Unidos, com a narração de Wells fazendo a dramatização de seu livro, confundida pelos ouvintes como sendo um ataque real de alienígenas marcianos à Terra. Surgiu, nessa época, filmes do seriado Flash Gordon (1936) com extraterrestres do imaginário planeta Mongo. As revistas em quadrinhos naquela época eram muito populares e retratavam as façanhas de Flash Gordon publicadas no Brasil a partir de 1934 e os filmes da série do herói prendiam a atenção de todos, tornando-se campeões de bilheteria.
Um fenômeno aéreo desconhecido surgiu em 1945, como conhecido como Foo Fighter – bolas de fogo, uma expressão em língua inglesa que surgiu durante a Segunda Guerra Mundial para descrever um fenômeno no qual uma ou mais esferas luminosas alaranjadas eram avistadas pelos pilotos americanos perseguindo ou acompanhando seus aviões. Os pilotos dos bombardeiros chegaram a disparar contra essas bolas de fogo, sem sucesso.
Emigdio H. C. Engelmann – professor universitário aposentado