Alyne Motta – [email protected]
Objetos banais do cotidiano. Com um olhar poético, a artista visual Julia Maria Koch encontra a possiblidade de revelar o que está desprezado e não aparente nestes objetos. Com diferentes técnicas artísticas, dando um destaque para o fusing, é que Julia encontra une arte e design.
“Os objetos passam a ser tema e suporte para o trabalho. É minha natureza encontrar beleza naquilo que é considerado feio, e me interesso em mostrar o que não quer ser visto”, revela a artista, explicando que ações de vandalismo, problemas ambientais a interessam, e encontra neles a possibilidade de transformação.
Divulgação / Julia Koch
Vidros float compõem a linha Desenhos
A EXPOSIÇÃO
Hoje, 8 de dezembro, Julia reúne seu material para a exposição “Transitório Infinito” que realiza no Centro Regional de Cultura de Rio Pardo (Andrade Neves, 679). Para ela, “Transitório Infinito” apresenta o vidro, material frágil e eterno como protagonista da mostra.
“Ações de vandalismo coletadas na cidade transformam-se em objetos utilitários da linha Vanda, transformando também a palavra (vandalismo)”, comenta a artista. “Garrafas amontoadas na cozinha, esperando uma solução para um descarte sustentável, transformam-se na linha Fragmentos Líquidos”, acrescenta.
Divulgação / Julia Koch
Garrafas amontoadas transformam-se na linha Fragmentos Líquidos
Julia ainda explica que vidros float, utilizados na construção civil, compõem a linha Desenhos. “Transitório infinito surge como a vida em constante possibilidade de transformação”, declara a artista. A exposição permanece aberta para visitação até o dia 9 de janeiro de 2013.
A ARTISTA
Quem for até lá, pode dar uma passadinha no ateliê da artista, que fica em Rio Pardo, na rua Almirante Alexandrino, 1093. O imóvel é uma construção da primeira metade do século IX, tombado pelo Patrimônio Histórico e Cultural de Rio Pardo, e restaurado pela arquiteta Vera Schultze.
Divulgação / Julia Koch
Ações de vandalismo transformam-se em objetos utilitários da linha Vanda
Julia Koch é natural de Taquara, no Rio Grande do Sul e formou-se em bacharel em Artes Visuais pela Feevale, de Novo Hamburgo. Atualmente, aos 43 anos, além de manter sua paixão pelo vidro, é artista visual e arte educadora na Escola Educar-se, em Santa Cruz do Sul.
