Tradição mantida há 117 anos

Ricardo Gais
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Chegou o Natal e com ele a magia da data, a decoração, os tradicionais pisca-piscas e o aroma natalino com o cheiro de algumas flores que prevalece no ar. Com a chegada do dia 25, muitas famílias já estão com os pinheirinhos prontos há mais de um mês, no entanto, algumas começam a montar a árvore de Natal nesta data. Quem deseja elaborar um pinheirinho natural e mantê-lo preservado até os festejos faz como a Marlise Maria Werberich, de 74 anos, moradora da comunidade de Quarta Linha Nova Baixa, interior de Santa Cruz do Sul, cujo trabalho foi realizado no início desta semana.

Conforme Marlise, montar no Natal uma árvore natural é uma tradição antiga de sua família. “Meu pai foi quem me ensinou, ele sempre fazia, e um mês antes ele ia escolher o pinheiro mais bonito para que fosse enfeitado com um presépio bem grande. Meu pai começou com 25 anos (faleceu com 85 anos), e fez pinheiro vivo durante 60 anos. Eu já estou fazendo há 57 anos, mantendo viva a tradição da família há 117 anos”, disse. Marlise pretende continuar com a tradição por muitos anos. “Enquanto eu tiver força, saúde e puder fazer, eu continuarei”, exalta.

A árvore natural sempre foi escolhida na própria propriedade, mas neste ano ela teve que colher junto a um vizinho, pois seu pé de pinheiro não cresceu a tempo. O neto Guilherme Luedtke ajuda a avó na preparação da árvore, devido algumas partes que integram a decoração serem pesadas e grandes para carregar. A árvore natalina enfeitará a casa de Marlise até o próximo dia 6 de janeiro.

BOLACHAS

Outra tradição que Marlise também mantém viva é a confecção de bolachas de Natal. “Aprendi a fazer com minha mãe Cecília, que fazia todo ano essas bolachas”, revela. Marlise destaca a importância de manter a tradição de sua bisavó. Foram feitas cerca de 100 bolachas neste ano e Marlise conta que irá dividir com todos os integrantes de sua família. “Cada um ganha um pote com bolachas”, disse.