Luciana Mandler
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Algumas semanas antes de celebrar o Dia Nacional do Teste do Pezinho, em 6 de junho, o presidente Jair Bolsonaro sancionou o projeto de lei que amplia o número de doenças rastreadas pelo teste do pezinho, exame realizado com a coleta de gotas de sangue do calcanhar do recém-nascido. O teste do pezinho é um exame realizado entre o 3º e 5º dia de vida do bebê e faz parte da triagem neonatal.
O teste é de suma importância, pois é utilizado para prevenção e diagnóstico de doenças que não manifestam sintomas nos primeiros meses de vida da criança. Conforme membros do Programa Bem Me Quer, da Secretaria de Saúde de Santa Cruz, o diagnóstico precoce contribui para que o tratamento seja iniciado logo nos primeiros dias de vida do bebê, evitando assim o comprometimento de sua saúde.
Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) realiza um teste que engloba seis doenças. De acordo com integrante do Programa Bem Me Quer, as doenças detectadas hoje são: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, síndromes falciformes, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase.
Com a nova lei, agora sancionada, o exame passará a englobar 14 grupos de doenças, que podem identificar até 53 tipos diferentes de enfermidades e condições especiais de saúde. “O teste realizado na rede particular permite a identificação de mais de 50 doenças, entre elas: hiperplasia adrenal congênita, toxoplasmose / sífilis / rubéola congênita, galactosemia, citomegalovirose, etc”, apontam as profissionais do programa. O rastreamento dessas doenças será gradual. “Cabe ressaltar que o teste ampliado recentemente pelo Ministério da Saúde não é o mesmo já existente na rede particular, que varia de laboratório para laboratório”, completam.
Para as profissionais do Programa Bem Me Quer, a importância da ampliação se dá em razão do diagnóstico e tratamento precoce destas doenças. “Com a ampliação, mais doenças poderão ser diagnosticadas, evitando, por exemplo, problemas relacionados ao desenvolvimento infantil”, sublinham.