Ana Souza
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O dia 13 de maio é alusivo aos pretos velhos que são entidades cultuadas pelas religiões afro-brasileiras, em especial a Umbanda. A data que os homenageia coincide com a assinatura da Lei Áurea, a abolisão da escravatura no Brasil. Os pretos velhos são divindades purificadas de antigos escravos africanos, espíritos de humildade, sabedoria e paciência. Para homenageá-los, o Templo de Umbanda Pai Ogum Beira-Mar e Mãe Oxum realizou na noite de sábado, 19, uma sessão festiva às 20h, seguida de jantar de confraternização.
Foi através da religião dos Iorubás (grupo étnico africano, proveniente da Nigéria) que foram surgindo no Brasil alguns dos 600 santos Orixás cultuados na África. Entre estes pode-se citar: Exu, o guardião; Ogum, o deus da guerra; Oxóssi, deus dos caçadores; Obaluiaiê, o deus da cura; Ossanha, deus das florestas; Oxumarê, deus do arco-íris; Xangô, deus do trovão; Oxum, deusa dos rios; Logum Edé, deus da juventude; Obá, deusa do giro da vida; Yansã, deusa das tempestades; Nanã, deusa da morte; Yemanjá, deusa dos mares e por fim Oxalá, o deus da criação.
Com a chegada no Brasil, os negros foram impedidos de louvar os Orixás e obrigados a seguir o catolicismo. Mesmo assim, os escravos seguiram sua religião e utilizavam as imagens dos santos católicos para atribuir a estes características dos seus ancestrais. Entre os exemplos estão a Deusa dos Mares, Yemanjá, associado no sincretismo católico à Nossa Senhora dos Navegantes e Ogum ao Guerreiro São Jorge, entre outros.
Ana Souza
Sessão festiva realizada no sábado, 19, comemorou o dia dos pretos velhos
Pretos velhos são entidades que tiveram pela sua idade avançada,
o poder e o segredo de viver longamente através da sua sabedoria