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Temer comete gafe em posse de ministros

O presidente Michel Temer cometeu uma gafe nesta segunda-feira, 2 de abril, ao empossar os ministros dos Transportes, Valter Casimiro, e da Saúde, Gilberto Occhi, no Palácio do Planalto em Brasília. No início do discurso, Temer saudou “o presidente do Supremo” quando se dirigia ao presidente do Senado, Eunício Oliveira.

Temer minimizou: disse que se confundiu porque tudo no Brasil “começa no Legislativo” e, portanto, Eunício poderia ser o “presidente do Supremo”. Com esta declaração, tentando remendar o equívoco, Temer arrancou risos e aplausos dos presentes na cerimônia.

Ele agradeceu a Ricardo Barros e Mauricio Quintella, que deixaram o comando das pastas da Saúde e Transportes, respectivamente. Barros e Quintella se desligaram dos ministérios para se candidatar nas eleições de outubro.

Michel Temer disse que Occhi “fez muito na Caixa e fará ainda mais na Saúde”, ao recordar que, como presidente da Caixa, Occhi foi “fundamental” para a liberação das contas inativas do FGTS, em 2017.

Na cerimônia desta segunda-feira, Temer deu posse ao novo presidente da Caixa Econômica Federal, Nelson Antônio de Souza.

O presidente elogiou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Segundo Temer, o ministro “provou que a responsabilidade fiscal é decisiva para responsabilidade social”.

Temer disse que assumiu o governo em tempos de “grave crise” e que conseguiu retomar muitas obras que estavam paralisadas.

Quanto às prisões de pessoas ligadas a ele, na Operação Skala, o presidente fez uma crítica indireta: disse que as liberdades individuais, a Constituição e o cumprimento do devido processo legal, devem ser respeitados.

Temer e seu governo possuem um conflito com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, que decretou as prisões. Barroso voltou atrás no fim de semana, a pedido da procuradora-geral da República (PGR), Raquel Dodge, e os presos acabaram sendo soltos. (Fontes: Folha de S. Paulo/Estadão)

Presidente Michel Temer empossou ministros nesta segunda-feira

Pessoas ligadas a Temer são soltas

Após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, os presos temporários alvos da Operação Skala, da Polícia Federal, foram soltos nesse fim de semana. A informação foi confirmada pela Superintendência Regional da PF em São Paulo, onde se encontravam nove dos dez presos.

A décima detida, a empresária Celina Torrealba Carpi, sócia do grupo Libra, também foi solta. Segundo a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária, ela deixou a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro.

Na Operação, que ocorreu na quinta-feira, 29 de março, foram presas temporariamente dez pessoas, lista que inclui o ex-assessor do presidente Michel Temer, José Yunes; o ex-ministro da Agricultura e ex-presidente da estatal Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) Wagner Rossi; o presidente do Grupo Rodrimar, Antônio Celso Grecco; a empresária Celina Torrealba, uma das proprietárias do Grupo Libra, que também atua no ramo portuário; e o coronel João Batista Lima, amigo do presidente Michel Temer. As medidas foram determinadas pelo próprio Barroso, que é relator do chamado Inquérito dos Portos, no STF.

No fim de semana, Barroso acolheu o pedido da procuradora-geral da República (PGR), Raquel Dodge, de revogação das prisões, feito horas antes. Segunda ela, as medidas cumpriram o objetivo legal. A PGR destacou que foram feitas as medidas de busca e apreensão de prisões autorizadas pelo relator do inquérito, com exceção de três pessoas que não tiveram os mandados de prisão executados por estarem no exterior, “mas dispostos a se apresentarem à autoridade policial tão logo retornem”. (Agência Brasil)