aponta possibilidade de preparação
Fabrício Goulart
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A 10ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (COP10), que aconteceria de 20 a 25 de novembro, foi adiada para 2024 devido à situação de insegurança do Panamá, que enfrenta protestos e mortes de militantes. As informações foram divulgadas em um comunicado oficial publicado no site do secretariado do evento, e também direcionado aos participantes.
Conforme o presidente da Câmara Setorial do Tabaco, Romeu Schneider, também representante da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), a mudança de data permite uma preparação melhor dos representantes, apesar dos esforços e da mobilização feita deste o primeiro semestre deste ano. “Ainda não temos conhecimento da pauta oficial, que não foi divulgada. E é muito importante que estejamos preparados”, pontua.
O representante destaca ser compreensível o risco, diante das notícias já veiculadas pela imprensa mundial. Além disso, aponta que o secretariado sinalizou a possibilidade de o evento ocorrer de forma online. “Os detalhes ainda serão fornecidos, mas ficamos na expectativa. Seguimos acompanhando e acredito que ocorra no início do ano”, diz. Além da COP-10, de 27 a 30 de novembro aconteceria a 3ª Sessão da Reunião das Partes (MOP3), um protocolo para eliminar o comércio ilícito de produtos do tabaco.
O deputado federal Heitor Schuch (PSB), outro representante da região a acompanhar o debate relacionado ao tabaco, se diz surpreso com a notícia de transferência. Contudo, avalia ser melhor a prevenção do que “colocar em risco a integridade física de centenas de líderes do mundo inteiro”. “Por tabela, ganhamos tempo”, acrescenta.
se disse surpreso com a alteração
Proponente da Subcomissão em Defesa do Setor do Tabaco e Acompanhamento da COP-10 na Assembleia Legislativa, o deputado Marcus Vinícius (PP) divulgou também, por meio da assessoria de imprensa, que a definição é positiva. “Vamos poder ampliar as discussões internas no país. Teremos também mais tempo para mobilizar outros ministérios em Brasília, a fim de evitar qualquer prejuízo para a cadeia produtiva fumageira”, avalia. O grupo de trabalho liderado pelo deputado foi aprovado em maio no parlamento gaúcho.
fala em ampliação das discussões
Fotos: Divulgação
O Panamá
O Panamá registra protestos contra a atividade mineradora desde o dia 27 de outubro, conforme informações das principais agências de notícias. O estopim seria a renovação de um contrato de exploração de uma mina de cobre, a maior da América Latina. O contrato, com concessão de um período mínimo de 20 anos de exploração, é questionado pelos manifestantes, que apontam graves impactos ambientais.
