O tabaco brasileiro foi, mais uma vez, certificado pelos técnicos chineses da Administração Geral das Alfândegas da República da China (GACC) para ser embarcado. A pré-inspeção é uma das exigências do atual protocolo bilateral de comércio entre Brasil-China para a exportação do tabaco e compreende a coleta de amostras do produto processado para testes laboratoriais que comprovem a fitossanidade do tabaco brasileiro antes do embarque. O encerramento das atividades ocorreu nesta sexta-feira, 19 de julho, em Santa Cruz do Sul (RS) e reuniu representantes do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) e empresas exportadoras, integrantes da GACC, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), e da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC).
A China é um importante parceiro do agronegócio brasileiro há alguns anos e isso também acontece no setor do tabaco: em 2017 figurou como segundo maior país comprador do tabaco brasileiro, gerando US$ 276 milhões em divisas, o que representou 13% do total embarcado no ano. Em 2018, devido a questões logísticas e à decisão do cliente de postergar embarques para o primeiro semestre de 2019, o país figurou na terceira colocação, com US$ 165 milhões embarcados. Como reflexo, é esperado um aumento nos embarques do ano corrente. Pesquisa realizada em março pela PriceWaterhouseCoopers confirmou essa expectativa, apontando aumento de 6% a 10% no total dos embarques de 2019, tanto em dólares quanto em volume.
“Historicamente, a China só não é o maior país importador devido ao porto da Antuérpia, na Bélgica, destino de 40% do nosso produto. Esperamos que essa relação sólida continue por muitos anos”, ressaltou o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke. Por se tratar de uma missão oficial de inspeção agropecuária, feita por técnicos de outro país, técnicos do MAPA acompanharam todo o processo de coleta e análises das amostras. Mauro Ruggiro e Roque Danieli representaram a Superintendência do MAPA no RS e enfatizaram a importância do trabalho realizado.