Tiago Mairo Garcia
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A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) do Rio Grande do Sul reativou a Câmara Setorial do Tabaco para avaliar, com entidades representativas de produtores, indústrias e órgãos de apoio ao segmento fumageiro, a situação do setor frente à pandemia da Covid-19. O secretário estadual, Covatti Filho, coordenou a reunião, ocorrida na última quarta, 15, através de videoconferência, onde destacou a importância do segmento no PIB do Rio Grande do Sul, responsável por 14% das exportações do agronegócio gaúcho.
Participaram da reunião o secretário Covati Filho; o coordenador da Câmara Setorial do Tabaco no Estado, Ivan Bonetti; o assessor técnico da Seapdr, Paulo Lipp; o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco, sediada em Brasília, e secretário da Afubra, Romeu Schneider; o vice-presidente da Afubra, Marco Antonio Dornelles; a assessora de Política Agrícola da Fetag-RS, Carla Andréia Schuh; o assessor da diretoria do SindiTabaco, Carlos Sehn; pela Farsul, Jairo Rizzo; pelo Mapa, Jairo Carbonari; e pela Famurs, Mario Ribas Nascimento.
Na reunião, as entidades representativas solicitaram que os produtores que tiveram prejuízos possam ter acesso a melhores condições de custeio e investimentos para a próxima safra. Outra demanda do setor é com relação ao combate ao contrabando e mercado ilegal de cigarros. A Seapdr se comprometeu a se articular com os órgãos de segurança no estado para reforçar ações preventivas.
O presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco, Romeu Schneider, destacou que a renda gerada pelos produtores de tabaco no Estado alcança R$ 2,42 bilhões por ano e R$ 5,8 bilhões no Brasil. A previsão da produção gaúcha para esta safra está estimada em 270 mil toneladas, com uma quebra de 20% em função da estiagem. Afubra e SindiTabaco também ressaltaram que, no Rio Grande do Sul, uma estiagem vai afetar a produção com estimativa de perdas; a comercialização está apenas em 34%, pois esteve paralisada do dia 23 de março até o início de abril, retornando por todas as empresas fumageiras, mas num ritmo mais lento em função dos cuidados recomendados pela saúde pública em razão do coronavírus.