O vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, retornou a Santa Cruz, na terça-feira, 20, para apresentar os planos do governo gaúcho voltados à reconstrução do Estado e à retomada da economia, após as enchentes ocorridas em abril e maio. Palestrante da reunião-almoço Tá na Hora, promovida pela Associação Comercial e Industrial (ACI) do município, Souza liderou gabinetes de crise nos Vales do Taquari e Rio Pardo e na região Metropolitana de Porto Alegre durante a emergência climática, coordenando ações de resgate e assistência humanitária.
Para uma plateia formada por empresários e lideranças regionais, reunidas no restaurante do hotel Águas Claras, o vice-governador apresentou um diagnóstico atual do RS após as enchentes, detalhando ações voltadas ao futuro do Estado e investimentos para a região. Com relação à pauta habitacional, em especial, ressaltou a necessidade de um trabalho de parceria entre as Prefeituras, Estado e União. “O governo federal tem mais condições fiscais, constitucionais e financeiras de poder apoiar o Rio Grande do Sul, especialmente no que diz respeito às políticas habitacionais de larga escala”, pontuou. Ele lembrou ainda que o governador Eduardo Leite entregou no início da semana 30 casas provisórias para Encantado e que para Rio Pardo estão previstas 39 moradias do mesmo tipo de construção modular.
O vice-governador também destacou o apoio dos demais Estados ao Rio Grande do Sul. “Recebemos muito apoio de todo o povo gaúcho. Ainda estamos recebendo aporte das solicitações que foram encaminhadas no período da calamidade. Leis estaduais foram aprovadas, além de soluções privadas de habitação. Foi uma grande corrente de solidariedade. É dever constitucional do governador e do vice-governador de apresentar a pauta dos gaúchos à União Federal que tem mais condições de colaborar nestes momentos de calamidade e tem tarefa constitucional.”
Gabriel Souza defendeu menos burocracia por parte do governo federal no acesso a linhas de crédito para apoiar tanto o campo quanto à cidade. Segundo ele, isso faz com que retomada da economia do RS também seja impactada. “Temos demandado junto à União para que esse acesso seja melhorado”, declarou.
Além das questões econômicas, a reconstrução da infraestrutura do Estado é outra prioridade. Obras viárias na região do Vale do Rio Pardo, por exemplo, estão em fase de licitação, como a da ponte de Sinimbu, na RSC-471, a da ERS-403, entre Cachoeira do Sul e Rio Pardo, a da ERS-422, entre Venâncio Aires e Boqueirão do Leão, e da RSC-153, entre Herveiras e Vera Cruz. O vice-governador ressaltou ainda as ações de melhorias que estão sendo elaboradas pela concessionária responsável pela rodovia RSC-287. “O governo estadual já investiu R$ 1,6 bilhão na reconstrução, dos quais 70% já foram executados. Isso demonstra um avanço significativo para retomada de serviços essenciais”, avaliou.
Doação de antenas e demandas regionais
Integrando as ações da ACI de Santa Cruz pela reconstrução do Rio Grande do Sul, o presidente da entidade, Ario Sabbi, aproveitou a presença do vice-governador no evento e fez a entrega de antenas Star Link, recebidas por intermédio da Federasul, para auxiliar nas comunicações em momentos de urgência na região. Foram doados dois equipamentos, um para o município de Santa Cruz e outro, para Rio Pardo.
O Secretário Municipal da Segurança e Mobilidade Urbana de Santa Cruz, José Joaquim Dias Barbosa, e o Coordenador da Defesa Civil, Luiz Claiton Kolling, receberam a doação pelo município. A outra antena foi entregue ao presidente da ACI de Rio Pardo, Maurício Guinther, e ao Diretor da entidade, Julio Cesar da Silva.
Outro momento importante da programação foi a apresentação de demandas regionais ao governo do Estado. A ACI de Santa Cruz, representada pelo vice-presidente Regional da Federasul para Vale do Rio Pardo, Tironi Paz Ortiz, e uma comitiva com integrantes da prefeitura e da ACIC de Candelária, entregaram pleitos ao vice-governador, Gabriel Souza.
O início urgente das obras de duplicação na RSC 287, com especial atenção às necessidades das organizações e comunidades que se encontram nas margens da rodovia, e a transformação do aeroporto de Luiz Beck da Silva em regional, possibilitando voos comerciais do município para São Paulo foram as propostas encaminhadas pela ACI de Santa Cruz. Tironi Ortiz ressaltou também a posição contrária da entidade a qualquer tipo de aumento de impostos por parte do governo do Estado.