O Supremo Tribunal Federal (STF) mantém seu site oficial fora do ar desde a manhã de ontem, 6, devido a uma suspeita de ataque hacker contra os sistemas da Corte. A Polícia Federal (PF) foi acionada para auxiliar na apuração do episódio, em investigação sigilosa.
Em nota de esclarecimento, o Supremo afirmou ter identificado acessos “fora do padrão” na quinta-feira, o que levou os técnicos do tribunal a restringir o acesso ao portal da Corte, como medida de segurança.
“O acesso fora do padrão foi contido enquanto ainda estava em andamento e, segundo informações preliminares, somente dados públicos ou de características técnicas do ambiente foram acessados, sem comprometimento de informações sigilosas”, diz a nota.
A interrupção do acesso ao portal do Supremo deve resultar no prolongamento de prazos processuais e no adiamento da sessão do plenário virtual que estava marcada para se encerrar nesta sexta-feira, 7.
“O STF lamenta eventuais transtornos causados a cidadãos, operadores do direito, jornalistas, entidades e empresas em razão da interrupção momentânea do serviço, mas ressalta absoluto compromisso com a transparência e a segurança da informação”, diz a nota divulgada pelo Supremo.
Segundo a versão oficial, não houve tentativa de “sequestro” dos sistemas do Supremo, como ocorreu com o Superior Tribunal de Justiça em novembro do ano passado, mas somente uma tentativa de extração de dados públicos muito acima do normal, o que disparou os alertas de segurança.
Apesar do portal do Supremo ter sido derrubado, o que impede o acesso do público em geral a informações sobre os processos, segue em funcionamento o sistema de peticionamento eletrônico da Corte, que permite o acesso das partes aos autos dos processos por meio de um login com certificação digital.