Everson Boeck – [email protected]
Alguns delitos, especialmente roubo, cometidos em localidades do interior de Santa Cruz do Sul e outros locais na região preocuparam a população nos últimos três meses. Para esclarecer o assunto, o Capitão Helcio Gaira, comandante da 2ª Companhia do 23º Batalhão de Polícia Militar – que abrange todo o interior do município e a zona sul da cidade – falou sobre as Patrulhas Comunitárias e como está a situação na zona rural.
Divulgação RJ
Constantemente as Patrulhas Comunitárias visitam as famílias do interior estabelecendo uma relação de proximidade, transmitindo mais segurança e obtendo informações
Conforme Gaira, grande parte dos delitos que aconteceram nos meses de dezembro do ano passado, janeiro e início de fevereiro deste ano são casos pontuais em razão de uma quadrilha que estava atuando na região. “A situação em nosso interior é calma. Temos os melhores índices do estado. O que acontece é que quando foge um pouco dessa rotina as pessoas se assustam porque isso, graças a Deus, não é comum por aqui. Mas a situação está controlada e o meio rural não está desprotegido”, ressalta.
O comandante explica que uma quadrilha liderada pelo suspeito conhecido como Nirinho vinha cometendo vários delitos na região, principalmente roubos em busca de armamento e dinheiro. Eles possuíam um sítio no interior de Rio Pardo onde foram presos pela Polícia Civil e Brigada Militar. “Depois que obtivemos informações com a comunidade e passamos as informações para nossa Inteligência e PC, ficou mais fácil prender os bandidos. Quase toda quadrilha foi desmantelada em fevereiro e os crimes cessaram”, analisa.
Além disso, o Capitão Gaira adianta que em breve a BM divulgará um bom resultado acerca de um trabalho que vem fazendo para prender outros indivíduos que também são suspeitos de formação de quadrilha. Dois homens estão sendo procurados pelo assassinato de um comerciante em Vera Cruz, ocorrido no último sábado, 24. Eles são procurados, ainda, como suspeitos de ter assaltado uma fumageira em Arroio do Tigre e possíveis autores de outros assaltos no interior de Candelária e na região Centro-Serra. “Estamos com essa quadrilha mapeada e logo esperamos prender os criminosos”, assegura.
RELAÇÃO DE PROXIMIDADE
Segundo Gaira, o 23° BPM tem hoje as Patrulhas Comunitárias, com seis equipes que constantemente visitam as famílias do interior. Para ele, uma das principais funções do trabalho é estar próximo da comunidade e transmitir segurança para ela. “Nossos policiais fazem um trabalho de busca de informações, criando uma relação de proximidade com a população e, junto com isso, fazendo um trabalho de repressão aos criminosos quando necessário”, garante.
De acordo com o comandante, esta ligação entre a polícia e as famílias já possibilitou que muitas operações obtivessem sucesso. “Nós precisamos que a comunidade participe muito mais ajudando a BM a fazer o seu trabalho. É necessário que a população ligue para o 190 e para o 3711-3704 e nos informe sobre qualquer suspeita, isso sempre vai nos ajudar”, destaca.