Aguardada anualmente por produtores e consumidores, a comercialização de pescados durante a Semana Santa será diferente este ano, por causa da crise estabelecida pelo coronavírus. A orientação da Emater/RS, parceira da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), é para que os agricultores trabalhem em consonância com as determinações e atualizações dos órgãos oficiais, que regem as políticas de proteção contra os efeitos da Covid-19 e, assim, consigam realizar de forma segura as feiras que marcam a data mais importante do ano para os piscicultores.
Em relação a esses cuidados, o zootecnista e extensionista João Sampaio lembra que as feiras do peixe, caso venham a ocorrer, devem seguir normas voltadas aos estabelecimentos que comercializam itens de alimentação, o que evitará a exposição e os riscos. “A orientação é para que não ocorram as feiras, mas, ocorrendo, deve ser dada a preferência para a venda fracionada na taipa, por encomenda ou com o envolvimento de um pequeno número de pessoas por dia”, afirma Sampaio.
Outra ideia é a retirada de poucos peixes a cada dia, sem secar os açudes, mantendo a produção em função da estiagem. “Sabemos que os piscicultores necessitam vender, ainda mais em um período em que muito provavelmente haverá redução de consumo, mas devemos ter toda a atenção na organização de cada feira”, observa o extensionista.
As feiras devem ocorrer apenas a partir da determinação das prefeituras dos municípios envolvidos, com o apoio da Inspetoria Veterinária, que realizará atendimento virtual, emitindo Guia de Transporte Animal (GTA) por meio do talão do produtor. “A intenção é dar segurança para quem produz e para quem consome, atuando em consonância com aquilo que determinam os órgãos oficiais”, diz Sampaio.