Início Saúde Segundo 13ª CRS, Estado pagará dívida

Segundo 13ª CRS, Estado pagará dívida

Jéssica Ferreira
[email protected]

Foram empossados, na manhã de terça-feira, 24, os novos titulares e adjuntos das 19 Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS) do Estado. A cerimônia de posse, realizada no Auditório do Centro Administrativo Fernando Ferrari, em Porto Alegre, contou com a presença dos secretários estaduais de Saúde, João Gabbardo, e de Transportes e Mobilidade, Pedro Westphalen.
À frente da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde, sediada em Santa Cruz do Sul, assumiram como coordenadora Mariluci Reis e como coordenador adjunto, Mário Colombo Filho. Mariluci, em sua trajetória na Saúde, atuou como coordenadora adjunta da 13ª CRS por oito anos, em outras gestões. Mário Colombo Filho atuou na esfera pública na área de administração.
Em entrevista ao Riovale Jornal, a nova coordenadora Mariluci Reis juntamente com seu coordenador adjunto Mário Filho comentaram alguns assuntos importantes sobre os municípios que abrangem a 13ª Coordenadoria Regional de Saúde.

Riovale Jornal: Quais seus objetivos na 13ª Coordenadoria Regional de Saúde?
Mariluci: Nosso foco é trabalhar em cima da mortalidade infantil, com o objetivo de reduzir os índices nas regiões. Queremos também, alcançar uma meta de 100% de ESF (Estratégia de Saúde da Família) e, por fim, trabalhar com as metas do governo estadual, através da direção do nosso secretário João Gabbardo. Além de, claro, regionalizar o máximo possível a saúde evitando a saída de pacientes da nossa região. 
Mário Filho: Para complementar, são três trabalhos prioritários, ou seja, redução de mortalidade infantil, melhorias na assistência farmacêutica e o aperfeiçoamento do controle dos contratos com o Estado e com a rede hospitalar. Porque falamos a mesma língua que a central irá falar, isto é, prevenir e promover saúde, conforme o secretário do Estado. 

RJ: Atualmente quais são as maiores carências na área da Saúde na região?
Mariluci: Um dos problemas mais sérios que temos no momento é a traumatologia de média complexidade, que não é um problema da nossa região, ou seja, é um problema do Estado quase em nível nacional. Estamos trabalhando em cima desta questão, já existem outras referências que é o Hospital São Sebastião Mártir de Venâncio Aires, e o Hospital Regional de Rio Pardo. O hospital de Venâncio Aires está realizando cirurgias de média complexidade e Rio Pardo está se aparelhando e atendendo pacientes, e logo terá uma demanda muito grande. 

RJ: Qual sua avaliação em relação aos cortes do Estado, especialmente na área da Saúde?
Mariluci: Os cortes estão ocorrendo em todas as secretarias. O que acontece no Estado é que foi criado um grupo de trabalho para rever contratos (que é uma das metas da nossa gestão junto do governo), e com isso haverá um plano de trabalho, onde a redução será em cima daquilo que o hospital apresentar. Isto é, o hospital realiza um plano de trabalho e, ao realizar o mesmo, ele passa a receber o recurso. Então, será trabalhado com metas e estudos dos contratos; estamos aguardando cada reunião que está sendo realizada a partir desses planos para as melhorias esperadas. 

RJ: E em relação aos repasses do ano passado que não foram pagos pelo governo?
Mariluci: Na reunião em que estivemos na última terça-feira, o secretário foi taxativo em dizer que o governo sabe que possui uma dívida deixada pelo governo anterior, mas essa mesma dívida estará sendo analisada. Neste momento, o que comanda é o decreto do governador. Os recursos de 2015 estão sendo pagos rigorosamente em dia, mas, em relação aos recursos de 2014, será estudado como será repassado.
Mário Filho: Não se nega o pagamento desses recursos. Essa dívida foi deixada como herança do governo anterior e o atual governo terá que pagar. O governo em momento algum está negando a dívida, mas, como é um governo novo, está sendo realizado um estudo geral das condições financeiras, para que a partir daí possa haver os pagamentos. 

RJ: Por fim, o que vocês esperam para essa gestão em termos gerais?
Mariluci: Viemos com uma ideia de fazer um trabalho com respeito e dignidade em relação à Saúde nos municípios que abrangem a coordenadoria. Estaremos sempre disponíveis e pensando no melhor para as regiões. Que nossos índices venham a se reduzir e venhamos a regionalizar o máximo possível a saúde nos municípios.
Mário Filho: Humanizar também! Digo isso porque venho de uma área muito diferente, que é a administração. Mas acho que nesta parte só venho somar ao lado da Mariluci, até porque ninguém nasce sabendo. Estou por dentro de toda a situação e sempre fui muito humano, sou coração. E quando se coloca isso dentro de nós, acabamos adquirindo sucesso, que é o que esperamos para essa gestão. 

 

Divulgação/RJ

Mariluci Reis e Mário Colombo Filho ao lado do secretário estadual da Saúde, João Gabbardo (centro)