Que estilo de vida você quer ter? Você gostaria de morar numa casa no campo ou num condomínio fechado na área mais nobre da sua cidade? Você gostaria de dirigir um carro popular sem opcionais ou uma Mercedes-Benz? A verdade é que, bem no fundo, todo mundo gostaria de viver o estilo de vida que sempre sonhou. Mas porque a maioria não tem a vida que sempre quis? A resposta pode estar na frase da empresária carioca Andrea Freire: “Se não está Certo dia, ao tentar consertar o controle remoto da TV, joguei o aparelho longe e aborrecido, reclamei:
– Que droga, eu não consigo arrumar esse “negócio”.
Meu filho José, na época com três anos, apostou em mim:
– Vai, vai, você consegue, papai!
Dei um sorrisinho amarelo, baixei a cabeça e desviei o olhar. Eu me sentia como um animal acuado no canto da parede. Mesmo assim, as palavras cheias de esperança do meu filho não caíram em ouvidos surdos. Ele acredita em mim antes mesmo de eu acreditar. Eu sou uma espécie de herói para ele, mas um herói faz muito mais do que inspirar o filho a querer ser como ele. “Se meu pai consegue, eu também posso”.
Empurrado pelo menino e digladiando com minhas fraquezas, respondi com uma ponta de pânico e preocupação:
– Cla-cla-ro que eu consigo, filhão!
Peguei de volta o aparelho e procurei não decepcioná-lo. Meu coração palpitava tão forte que era possível ver os movimentos sob minha camisa. A admiração do meu filho estava em jogo. É besteira pensar que só a formação oferecida pelo sistema de ensino preparará nossos filhos para o mercado. Os pais devem ensinar a elas o que a escola não ensina. Eles podem se formar com ótimas notas, mas com uma programação mental negativa não irão muito longe. O que eles aprendem em casa é que fará a diferença.
No fim, talvez, por um golpe de sorte, o controle remoto funcionou. José sorriu ingenuamente e disse:
– Viu papai, você conseguiu!
Com um nó na garganta e o suor escorrendo pela testa, “me achei”:
– Use a cabeça, filhão, e nunca desista.
Desde então, toda vez que tenho que fazer algo, me lembro das palavras do meu filho: “Você consegue, papai!”. E me mantenho atento ao alerta de minha amiga Andrea Freire: “Se não está doendo é porque você não está fazendo o suficiente”.