Ricardo Gais
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Após longas conversas e impasses, o Santuário de Schoenstatt reabriu nesta quinta-feira, 27, de forma temporária. A ação ocorre após a Prefeitura de Santa Cruz do Sul ter aceitado os termos do acordo proposto pelas Irmãs de Maria de Schoenstatt. A ação é mediada através do Ministério Público, pelo 2° Promotor de Justiça Especializado, Érico Fernando Barin.
Conforme o despacho, o local, às margens da BR-471, abrirá nas terças e quintas-feiras, e nos domingos, das 14 às 17 horas. A Congregação Irmãs de Maria de Schoenstatt terá a opção de abrir o espaço ao público sempre que quiser, em outros dias e horários.
A abertura e o fechamento do portão nos horários e dias serão realizados pela empresa Cindapa Vigilância, com o acompanhamento da Guarda Municipal ou de empresa de segurança privada contratada pelo Município. A segurança deve permanecer no local por todo o período de abertura até o fechamento do Santuário.
Os visitantes e turistas terão acesso aos sanitários da guarita, ao pátio, à Capela (prédio do Santuário, onde foi colocado um quadro da Mãe e Rainha, além de cadeiras) – uma das exigências do acordo.
Conforme irmã Rosequiel Lopes Fávero, a assinatura oficial do acordo está marcada para ocorrer no próximo dia 1º de junho, quando o espaço seria reaberto. “Achei que seria somente depois da assinatura do acordo. Mas, parece que a Prefeitura, ao aceitar os termos do acordo, pediu a abertura ainda nesta semana”, conta.
Fávero destaca que as Irmãs de Maria não retornarão para o local, mesmo após a abertura e que não devem ser realizadas celebrações no lugar. “O local está aberto para visita e oração pessoal e esta abertura é temporária, até que se tenha o lugar para o novo Centro do Movimento de Schoenstatt, onde o Santuário será reconstruído”, sublinha.
Segundo o despacho, havendo o descumprimento injustificado do ajuste delineado nas cláusulas pela Congregação Irmãs de Maria de Schoenstatt, o Ministério Público e o Município de Santa Cruz poderão adotar as providências necessárias de forma imediata. O acordo também prevê que “caso a Congregação Irmãs de Maria de Schoenstatt opte por não mais manter instalações do Santuário de Schoesntatt em Santa Cruz do Sul, procederá à devolução do imóvel junto à rodovia BR-471 ao Município de Santa Cruz do Sul num prazo de 30 dias após o anúncio público”.
Fica acordado que não haverá fixação de multa por descumprimento, e sim, nessa hipótese, a extinção do acordo, retornando ao Ministério Público e ao Município de Santa Cruz do Sul o cotejo de eventuais medidas legais para assegurar imediatamente a destinação da área em consonância com a lei municipal.
A irmã Rosequiel Lopes Fávero explica que como não há um projeto concreto para um novo centro, ficou acordado que a comunidade possa estar utilizando aquele espaço no momento. “Em breve teremos o Santuário reconstruído em outro local. Estamos rezando por isso”, enfatiza.