Tiago Mairo Garcia
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Após um intenso trabalho de investigação, a Polícia Civil de Santa Cruz do Sul, através das equipes da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) e Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), ambas coordenadas pela delegada Lisandra Castro de Carvalho, logrou êxito em localizar nove santa-cruzenses que estavam desaparecidas, sendo sete casos no Município e dois casos com as desaparecidas sendo encontradas em outros Estados, sendo todos os casos sem vínculos de ações criminosas.
Em coletiva de imprensa concedida na manhã de hoje, 28, no Centro Integrado de Segurança, no Bairro Arroio Grande, a delegada relatou detalhes sobre as investigações. Com relação aos sete casos registrados no município, a delegada frisou que envolvem pessoas que não avisavam os familiares e foram encontrados em um curto período de tempo, sendo considerados casos de simples resolução para a polícia. Os casos mais complexos envolveram uma adolescente de 17 anos que estava no Amazonas e uma jovem de 19 anos que foi localizada em Santa Catarina.
No primeiro caso, envolvendo uma adolescente de 17 anos, que teve registro de desaparecimento feito pela mãe no dia 5 de janeiro de 2021, a investigação apurou que a menor havia conhecido uma mulher adulta, que reside no Amazonas, pelas redes sociais. “Descobrimos que a mulher veio para Santa Cruz, se hospedou em um hotel e após se conhecerem, as duas foram embora de volta para o Amazonas. A mãe registrou que tinha perdido o contato com a filha e não sabia para onde ela tinha ido”, conta a delegada.
Ao aprofundar a investigação e contando com o auxilio da Polícia Civil do Amazonas, os policiais santa-cruzenses apuraram que a menor estava vivendo com a mulher na cidade de Humaitá, no interior do Amazonas. “Em contato com a mãe, a jovem informou que estava bem e queria permanecer. A mãe aceitou que a adolescente ficasse e tratamos o caso com o Conselho Tutelar”, frisou a delegada, que destacou a preocupação com o fato de a jovem ter sido vítima de aliciamento em redes de prostituição. “Um dos focos é de que existem redes de prostituição e se ela havia sido aliciada, mas isso acabou não acontecendo”, disse a delegada.
Outro caso com desfecho positivo foi de uma jovem, de 19 anos, que estava em Balneário Camboriú, Santa Catarina, e acabou desaparecendo. O caso foi registrado pela mãe no dia 25 de maio, após a filha não manter mais contato com a família. De acordo com as investigações, a jovem havia ido trabalhar no Estado, estava na companhia de amigas e perdeu o contato após o seu telefone celular sofrer um problema técnico.
Como a jovem estava há seis dias sem se comunicar com a família, a delegada informou que foi preciso quebrar o sigilo telefônico da desaparecida para descobrir a sua localização. Com auxílio da Polícia Civil de Santa Catarina, a jovem foi localizada na cidade de Tijucas, que fica na região de Balneário Camboriú. “Através de uma chamada de vídeo feita no celular de uma pessoa que estava com a jovem, conseguimos conversar com ela e ver que estava bem. Ela relatou que teve problema no telefone, não consertou e não manteve contato por outros meios com a família. Já estávamos levantando hipóteses de cárcere ou homicídio e cogitando fazer buscas, mas felizmente ela foi encontrada”, salientou a delegada, aliviada com o desfecho positivo do caso.
MULHER SEGUE DESAPARECIDA
A Polícia Civil segue as investigações para localizar Isoldi Schmachtenberg, 56 anos. Conforme a delegada, a desaparecida possui problemas mentais e foi vista pela última vez por volta das 14h, do dia 25 de março. A polícia civil apurou que ela estava vestida com uma blusa vermelha e calça azul. Após o desaparecimento, a equipe de investigação realizou várias diligências, sem lograr êxito. “Se a desaparecida for questionada, ela ficará olhando e não responderá, não saberá prestar informações para quem encontrá-la”, informou o inspetor Eduardo, um dos responsáveis pela investigação do caso. Em outras duas oportunidades, a mulher já havia saído sem rumo e foi localizada nos municípios de Rio Pardo e Candelária. Quem tiver informações sobre o paradeiro da desaparecida, pode entrar em contato pelo telefone celular da DEAM através do número (51) 9 8416-4590.