Rosibel Fagundes
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A Greve Geral do magistério que teve início nesta segunda-feira,18, afeta diretamente oito escolas estaduais de Santa Cruz. Deflagrada na quinta-feira da semana passada, 14, a paralisação é por tempo indeterminado. De acordo com o levantamento da 6ª Coordenadoria Regional de Educação (6ª CRE), estão totalmente suspensos os atendimentos nas escolas Monte Alverne, Estado de Goiás, Bruno Agnes, Felipe Jacobus, Gaspar Bartolomay, Nossa Senhora de Fátima, José Mânica e Santa Cruz. O atendimento parcial acontece nas escolas Luiz Dourado, Guilherme Simonis, Nossa Senhora da Esperança, Alfredo José Kliemann, Ernesto Alves de Oliveira, Nossa Senhora do Rosário e Willy Carlos Frohlich (Polivalente). Já o atendimento normal segue na Petituba, Afonso Rabuske, José Wilke e Sagrada Família.
Na região de abrangência do 18º Núcleo do Cpers, a estimativa é de que 70% da categoria tenha aderido à paralisação. De acordo com a diretora do núcleo, Cira Kauffmann, nesta segunda-feira, 18, um encontro entre o comando de greve e representantes das escolas serviu para definir as ações que serão encaminhadas ao longo da semana. “Além das atividades da semana realizadas aqui na região, aguardamos novas orientações do comando geral para um possível ato a nível estadual”, comentou. Pela programação, na noite desta segunda-feira, 18, a categoria participou de um encontro na Câmara de Vereadores. Durante toda a semana serão realizadas visitas em escolas onde alguns professores ainda não aderiram à greve. Nesta terça-feira, 19, às 9 horas será instalada a Tenda da Resistência, com abaixo-assinado e conversa com a comunidade. Na quarta-feira, haverá uma reunião na Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul, às 16h30, para discutir o pacote do governo estadual. Já na quinta-feira, os deputados Edson Brum, Kelly Moraes e Adolfo Britto participam da plenária às 18h30,na Câmara de Vereadores.
De acordo com Cira Kauffman, a orientação é para que todos os professores e funcionários participem do movimento. “Nós estamos conversando com professores e funcionários que ainda não aderiram à greve, queremos que todos participem. Agora é um momento de tudo ou nada, estamos sofrendo um dos piores ataques que algum governador do estado já fez na educação pública. O governador Eduardo Leite tira diretos e vantagens de todos os trabalhadores da educação, tanto dos aposentados quanto dos ativos, nomeados e contratados, e nos deixa sem nenhuma possiblidade. Estamos com 47 meses de salários atrasados e há cinco anos sem ganhar reposição salarial”, afirmou.