Início Economia Santa Cruz é o 3º município em geração de empregos no país

Santa Cruz é o 3º município em geração de empregos no país

LUANA CIECELSKI
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Apesar de o país estar vivendo um momento de economia retraída, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Governo Federal, apontam que Santa Cruz do Sul está à margem de um dos problemas que mais vêm afetando os municípios, a geração de empregos. Contrariando a regra geral que no momento é de saldos baixos ou negativos, o município consagrou-se como o terceiro colocado no país no ranking dos municípios que mais empregaram no primeiro trimestre de 2015.
Em janeiro, 2.640 pessoas foram admitidas em Santa Cruz do Sul e 1.886 foram demitidas, totalizando 754 empregos gerados. Em fevereiro esse número cresceu ainda mais. Foram 2.996 pessoas admitidas e 1.881 pessoas demitidas, totalizando um saldo de 1.115 empregos novos. Em março, esse dado foi ainda maior, pois 4.990 pessoas tiveram suas carteiras de trabalho assinadas, enquanto apenas 1.800 foram demitidas. Disso, totalizou-se um saldo de 3.190 pessoas a mais empregadas. 
Somando os três meses, o Caged totalizou 10.640 admissões, 5.583 demissões e um saldo positivo de 5.057 empregos gerados apenas em Santa Cruz do Sul. No entanto, no mesmo período de 2014, o município registrou cerca de 3% a mais em contratações. 
Para o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico de Santa Cruz do sul, Cesar Cechinato, esses dados estão intimamente ligados com a safra e isso significa um aumento apenas sazonal, no entanto, mesmo assim é motivo de comemoração. “Como a queda em relação ao ano passado foi pequena, a gente tem que comemorar, principalmente porque o Brasil e o Rio Grande do Sul tiveram quedas muito grandes”, afirma.
Cechinato destaca também que um fator importante a ser considerado, é que o setor industrial de Santa Cruz, que ele considera como o grande motor da economia local, e o setor que melhor paga, vem mantendo o mesmo comportamento dos últimos cinco anos. “As quedas que foram registradas foram principalmente nos setores de varejo e de serviços, esse que registrou uma queda do saldo de 313 contratações em 2014 para 166 em 2015. A construção civil que havia registrado um saldo de 76 contratos no ano passado, também registrou apenas 17 a mais nesse ano, ou seja, se manteve igual. No entanto, o setor que mais emprega e melhor paga está estável. Isso é bom”, declarou. “Dá um conforto, pois mostra que os problemas nacionais não chegaram a Santa Cruz, e se chegaram foi em pequena intensidade”. 
Levando em consideração esse fatores, Cechinato acredita que as expectativas para os próximos meses são boas. “Em 2014, quando a economia nacional já dava sinais de queda, Santa Cruz registrou mais de 5% dos postos de trabalho do Rio Grande do Sul, o mais alto índice desde 2007”, lembrou Cesar. “Por isso também, a projeção é de que Santa Cruz se destaque, em comparação com outros municípios, mesmo com a crise econômica”, explicou. 

No país e no estado

No Brasil os dados não foram tão positivos. De acordo com o Caged, no total, o primeiro trimestre registrou mais de 5,08 milhões de admissões e mais 5,13 milhões de demissões, totalizando um saldo negativo de menos 50.354 empregos, o que representa, em comparação com o mesmo período do ano passado, cerca de 121% a menos. 
Já no Rio Grande do Sul, apesar de os índices não terem apresentado mais demissões do que admissões, em comparação com 2014, também não foram bons. No total, foram somadas mais de 391 mil admissões e 366 mil demissões, que totalizaram 24.082 novos empregos. Em comparação com o primeiro trimestre de 2014, no entanto, foram 52% a menos. 

Ranking Nacional

1. Franca (SP) – 6.083
2. São Paulo (SP) – 5.706
3. Santa Cruz do Sul (RS) – 5.057
4. Blumenau (SC) – 4.027
5. Londrina (PR) – 3.672
6. Venâncio Aires (RS) – 3.122
7. Nova Serrana (MG) – 2.972
8. Goiânia (GO) – 2.652
9. Joinville (SC) – 2.415
10. Maringá (PR) – 2.269

Rolf Steinhaus/Arquivo/RJ

Em Santa Cruz do Sul, número de admitidos foi maior do que de demitidos