Nesta primeira remessa, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) distribuiu 80.844 doses (do total de 108.264 em estoque) para 407 municípios. Além das vacinas, os municípios recebem seringas e diluentes (soro fisiológico). Conforme a 13ª Coordenadoria Regional de Saúde, Santa Cruz do Sul recebeu um total de 1.104 doses.
As vacinas da Pfizer distribuídas nesta segunda, 24, devem ser utilizadas para primeira dose de pessoas com deficiência permanente que tenham entre 18 e 59 anos cadastradas no Benefício de Prestação Continuada (BPC) do Governo Federal, pago a pessoas com deficiência, pessoas com comorbidades na faixa etária de 38 e 39 anos e gestantes com ou sem comorbidades, que neste caso apresentem indicação médica de avaliação dos riscos e benefícios.
As doses da Pfizer chegam ao Brasil em caixas de transporte específicas, com isolamento térmico e gelo seco que permite a manutenção de temperaturas entre -90°C e -60°C por até 30 dias. Em freezers, com temperatura entre -25°C e -15°C, o armazenamento pode ser por até duas semanas. Em freezers de temperatura ultrabaixa (entre -80°C e -60°C) as doses podem ficar por até seis meses. Após sair da fábrica, estando nas caixas térmicas ou nos freezers de -25°C a -15°C, o lote pode ser levado de volta a um ultrafreezer, reassumindo a validade original de seis meses. Essas temperaturas mais baixas do que precisam as doses das demais fabricantes são necessárias pois a vacina da Pfizer tem menos conservantes.
Características da vacina da Pfizer:
• Podem vir rotuladas como Pfizer-Biontech, se produzidas na Bélgica, ou Comirnaty, que é o nome comercial usado na fábrica dos Estados Unidos. A vacina é distribuída no Brasil com embalagem em inglês, mas a empresa dispõe de um site em português com conteúdos para profissionais de saúde (comirnatyeducation.com.br).
• Cada frasco tem capacidade para seis doses. Ele vem com 0,45 ml do produto, que para a aplicação precisa de diluição de mais 1,8 ml de soro fisiológico.
• É uma vacina do tipo RNA mensageiro (mRNA), ou seja, usa parte de uma sequência do código genético do vírus como se fosse uma “receita” para o organismo produzir anticorpos.
• Estudos clínicos comprovaram uma taxa de eficácia de 95% após as duas doses.
• No Brasil, a orientação do Ministério da Saúde é de um intervalo de 12 semanas (cerca de três meses) entre a primeira e segunda doses.
• Reações adversas mais comuns incluem dor no local da aplicação, fadiga e dor muscular (raramente chegando a apresentar febre), que costuma aparecer em até 24 horas e apresentar melhora em até 48 horas.