Clarice Pacheco
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Com o aumento de casos notificados de dengue, a administração municipal ampliou suas ações preventivas contra a doença. Para isso vem reforçando o combate ao agente transmissor, que é o mosquito Aedes aegypti. Praticamente, todos os municípios do Brasil vêm tomando providências para combater o mosquito, que já tem vários sorotipos da doença circulando. Segundo a prefeita Helena Hermany, a prefeitura vem fazendo tudo que está ao seu alcance para normalizar a situação do município. “Precisamos da conscientização e do apoio da sociedade para superar esse momento. Somando nossos esforços, conseguiremos mais uma vez vencer esse obstáculo”, ressaltou.
COMBATE
A coordenadora do setor de Vigilância e Ações em Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde, Francine Braga, diz que o Aedes aegypti é um mosquito oportunista. “Ele vai estar sempre perto das pessoas, mais de 80% dos mosquitos estão dentro ou no entorno das casas”. Por essa razão, conforme Francine, é importante criar o hábito de verificar a residência e o local de trabalho semanalmente. Ela ainda ressalta que “em caso de sintomas, as pessoas devem procurar atendimento médico, e evitar se automedicar, pois o quadro de saúde pode se agravar”.
Entre as medidas adotadas pelo setor de vigilância está a visita de agentes em casas e bairros, onde procuram focos de água parada, especialmente nos bairros com histórico de presença maior de larvas do Aedes, e de casos positivados por dengue nos últimos levantamentos feitos pela secretaria de Saúde. Também passaram a utilizar a aplicação de larvicida biológico (fumacê) com uso de carro e agentes com aplicadores costais nos bairros e na região central da cidade, em um trabalho preventivo. No ultimo sábado, 24 de fevereiro, enquanto uma equipe aplicava o larvicida pelas ruas centrais, outra conversava com a população nas praças e avenidas principais, com o objetivo de conscientizar sobre a importância da eliminação de todos os focos de água parada. A iniciativa foi realçada, também, junto as crianças, que foram abordadas pelo mascote da campanha, o mosquitão.
Segundo a vigilância e ações em saúde municipal, toda a cidade receberá a distribuição do larvicida. “A diminuição do número de focos deve começar a ocorrer em duas semanas”, projeta Francine. Os trabalhos estão apenas no começo, e o percentual ainda está abaixo dos 20%. “Este é um trabalho de formiguinha”, diz. No próximo LIRAa – Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (metodologia que permite o conhecimento de forma rápida, por amostragem, da quantidade de imóveis com a presença de recipientes com larvas do mosquito), que será feito em abril, poderá ser visto os efeitos das ações executadas e a diminuição dos focos”.
Santa Cruz do Sul até ontem, 29, tinha um óbito, 820 notificações, sendo 55 positivados, 515 descartados, 250 aguardando o resultado de exames, e nenhum internado pela doença. Também não foram registrados casos de zika, chikungunya ou febre amarela até o momento.