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SANEAMENTO | Câmara busca respostas sobre a qualidade da água em Santa Cruz

Mesmo com afirmação da Corsan/Aegea de que o líquido que chega nas torneiras dos clientes é potável, vereadores querem confirmação sobre a segurança para o consumo

A questão da água em Santa Cruz voltou a ser debatida na sessão da Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul na última segunda-feira, 25.

 Os parlamentares, em sua íntegra, demonstram preocupação com a qualidade do serviço prestado pela Corsan/Aegea no município. Apesar de o gosto e cheiro ruim da água ter diminuído nos últimos dias, em virtude do uso do carvão ativado e da introdução de um produto no Lago Prefeito Telmo Kirst para diminuir a proliferação de algas, a água que chega na casa dos clientes ainda desagrada o paladar dos consumidores.

Na semana passada, a Aegea enviou à imprensa um comunicado reforçando que a água é potável e não apresenta riscos à saúde de seus clientes:

“O tratamento da água distribuída em Santa Cruz do Sul foi intensificado nos últimos dias, passando por mais de 500 testes diários de amostras de água coletadas em diversos pontos da cidade. Todas as análises comprovam que a água atende todos os 100 parâmetros exigidos pelas portarias de Potabilidade do Ministério da Saúde e de Agrotóxicos da Secretaria Estadual de Saúde. Desta forma, a água chega às torneiras sem risco da permanência de algum elemento que possa ocasionar doenças.  A Vigilância Sanitária também tem acompanhado todo o processo de tratamento e comprovado os resultados das análises. A Companhia assegura que o cheiro e o gosto perceptíveis na água não são nocivos à saúde.”

Mas para o Legislativo, a fiscalização precisa ser mais acirrada para que não reste dúvidas sobre o assunto, já que o gosto e cheiro ruim seguem incomodando a população. O vereador Leonel Garibaldi destacou que várias pessoas estão afirmando terem passado mal em virtude do consumo da água com gosto alterado. A intenção, segundo o parlamentar do NOVO é fazer com que a Agência Reguladora de Serviços Públicos de Santa Cruz do Sul (Agerst), através do trabalho da Vigilância Sanitária, exija a verificação de que a água é potável e não tem relação com os casos de vômitos e diarreia que chegam aos serviços de saúde pública do município.  

“Fizemos um levantamento através das redes sociais de pessoas que relataram terem se sentido mal depois de terem consumido a água. Mas para que possa se verificar se foi em função da água, a gente encaminhou para o Ministério Público, foi feito uma abertura de um inquérito civil e também para a agência reguladora, que existe agora um processo administrativo que está sendo feito pela Agerst, e através da Vigilância Sanitária eles vão fazer a verificação de alguns endereços que a gente passou, para ver se realmente tem relação da água com esse mal-estar que as pessoas estão sentindo”, apontou o vereador.

“Queremos um laudo nosso, da cidade”

O vereador Cleber Pereira (UNIÃO), nesta segunda-feira, 25, afirmou que é preciso uma contraprova ao laudo da Corsan/Aegea, sobre a segurança do consumo da água em Santa Cruz.  

“Tenho certeza que a Corsan é uma empresa que preza pela qualidade da água, eu sei o quanto que eles estão trabalhando pra reduzir isso, e o meu entendimento, que gostaria de saber, que foi o pedido de informação que estamos encaminhando à Corsan e à Agersant é quanto à questão do laudo de potabilidade. Acho que não deva ser somente a Corsan que possa emitir esse laudo, queremos uma contraprova de uma empresa de fora”. 

O vereador salientou ainda que uma alternativa para resolver o problema, mesmo que de forma paliativa, seja buscar a água diretamente do Rio Pardinho, e não no Lago Prefeito Telmo Kirst, pelo menos durante o período de reprodução das algas no lago. Na tribuna da Câmara, Cleber mostrou uma resposta a um pedido de informação encaminhado à Agersant, onde a agência destaca que já requisitou apoio técnico da vigilância sanitária municipal para iniciar a coleta der amostras da água no município para averiguar a qualidade do produto.

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