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Saiba as diferenças entre as vacinas contra Covid-19

Butantan alerta que conclusões enganosas podem ser geradas ao tentar comparar eficácia dos imunizantes

Ricardo Gais
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Município poderá contar com quatro opções de vacinas nos próximos dias. – Foto: Divulgação

Com a chegada de mais uma opção de vacina contra Covid-19 em Santa Cruz do Sul, conforme anunciado pelo governo do Estado, surgem algumas dúvidas referentes a qual imunizante tomar. Contudo, é importante lembrar que todas as vacinas – CoronaVac, AstraZeneca, Pfizer e Janssen – foram testadas e autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso em todo o Brasil. Conforme o Instituto Butantan, apesar de nenhuma vacina ser 100% eficaz, a imunização é essencial para prevenir óbitos, casos graves da Covid-19 e para conter a pandemia.

O Instituto Butantan alerta que comparar a eficácia das vacinas e tentar eleger a melhor entre elas pode levar a conclusões enganosas. Isso porque os imunizantes foram desenvolvidos a partir de técnicas diferentes e testados em momentos, locais e em populações com nível de exposição ao vírus diferentes. Houve rigor científico em todos os testes e dados que comprovaram segurança e eficácia.

Até o momento, apenas a CoronaVac, Oxford/AstraZeneca/Covishield e Pfizer estão disponíveis no Município. Conforme o governo do Estado, os imunizantes da farmacêutica Janssen, da Johnson & Johnson, devem começar a ser aplicadas na população nos próximos dias.

Confira abaixo a diferença entre as vacinas:

CORONAVAC: A vacina do Butantan utiliza a tecnologia de vírus inativado (morto), uma técnica consolidada há anos e amplamente estudada. Ao ser injetado no organismo, esse vírus não é capaz de causar doença, mas induz uma resposta imunológica. A eficácia global pode chegar a 62,3% se o intervalo entre as duas doses for igual ou superior a 21 dias. Nos casos que requerem assistência médica, a eficácia pode variar entre 83,7% e 100%. O intervalo entre a primeira e segunda dose é de 14 a 28 dias.

ASTRAZENECA: Foi desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a universidade de Oxford. No Brasil, é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A tecnologia empregada é o uso do chamado vetor viral. O adenovírus, que infecta chimpanzés, é manipulado geneticamente para que seja inserido o gene da proteína “Spike” (proteína “S”) do Sars-CoV-2. Sua eficácia é de 76% após a primeira dose e 81% após a segunda. Tempo entre uma dose e outra é de 12 semanas.

PFIZER: O imunizante da farmacêutica Pfizer em parceria com o laboratório BioNTech se baseia na tecnologia de RNA mensageiro, ou mRNA. O RNA mensageiro sintético dá as instruções ao organismo para a produção de proteínas encontradas na superfície do novo coronavírus, que estimulam a resposta do sistema imune. A eficácia da vacina é de 95% após a segunda dose. A segunda dose deve ser tomada até 12 semanas após a primeira.

JANSSEN: Do grupo Johnson & Johnson, a vacina do laboratório Janssen é aplicada em apenas uma dose. Assim como o imunizante da AstraZeneca, também se utiliza da tecnologia de vetor viral, baseado em um tipo específico de adenovírus que foi geneticamente modificado para não se replicar em humanos. O imunizante possui 66,9% de eficácia para casos leves e moderados, e 85% contra casos graves 14 dias após a aplicação. (Com informações do Instituto Butantan).