A família Konrath, de Linha Ferraz, interior de Vera Cruz, se organizou desde o plantio até a colheita. Foram seis hectares plantados e a expectativa para a comercialização é positiva. De acordo com Maiquel Henrique Konrath, fumicultor na propriedade, o período de seca não afetou o tabaco. “Como a estiagem chegou mais ao final do ano, o tabaco não foi tão prejudicado. Pelo menos não na nossa região”, destacou o produtor.
A família se organizou desde o início do plantio. “Plantamos do final de julho até no início de agosto e a adubação de cobertura foi aplicada dez dias após o plantio. Isso ajudou pois, quando houve a falta de chuva as plantas já estavam bem desenvolvidas”, relatou Konrath.
Na propriedade, toda família ajuda. Além de Maiquel, os pais Laureno e Marli, os irmãos Jonas, Lucas e sua companheira Jéssica Pereira também colocam a mão na produção. De acordo com Konrath, o diferencial da produção é a mão de obra familiar sem a utilização de terceiros. Além disso, o cuidado com o fumo e a tecnologia são diferenciais na produção. “Na cura do tabaco procuramos ter um cuidado especial, observando as questões técnicas, seguindo o recomendado. Já nas estufas temos os aparelhos controladores de temperatura, o que facilita bastante na secagem do tabaco”, destacou.
Quanto à comercialização ele observa: “No nosso caso está ótimo, mas pode melhorar ainda mais pela qualidade que o nosso tabaco teve este ano. As empresas estão na busca pelo fumo, acreditamos que os valores vão aumentar ainda mais”, pontuou.
Em comparação à safra do ano passado, o fumicultor comentou que a produção foi maior, contudo, os preços foram menores. “Este ano, o valor da comercialização subiu desde o início, o que diz respeito a uma melhora gratificante para a cultura”, finalizou Konrath. Para a safra 2022/2023, a família pensa em diminuir um pouco a quantidade de plantas para conseguir dar conta de tudo e qualificar ainda mais o produto.
Letícia Santos