Luciana Mandler
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Em Santa Cruz do Sul, a área de cultivo de soja é de 3.200 hectares. Para esta safra, a estimativa é de que as lavouras tenham uma produtividade de aproximadamente 3.300 quilos do grão por hectare, conforme o engenheiro agrônomo Marcelo Cassol, da Emater local.
Iniciada na segunda quinzena de março para alguns produtores, a colheita já atingiu 70% da área no Município, e promete ser boa. É o que confirma o produtor Jair Goettert, morador de Cerro Alegre Alto, que destina 370 hectares para o cultivo de soja. São 54 hectares em propriedade arrendada em Cerro Alegre Baixo, 200 hectares arrendados em Capão da Cruz (próximo ao viaduto), cerca de 40 hectares na sua propriedade, somadas a mais algumas áreas no entorno.
A expectativa segundo Goettert é muito boa. Em Cerro Alegre Baixo, onde tem colhido o grão desde o domingo de Páscoa, 4 de abril, a média é de 70 sacos por hectare. No geral, a média está no entorno de 60 sacos por hectare. “A safra este ano está muito boa, mas viemos de uma safra extremamente frustrada no ano passado. Então, por melhor que seja neste ano em termos de produtividade e de rentabilidade, ainda será difícil compensar todas as perdas do ano passado, pois foi uma seca muito forte”, destaca.
O produtor conta que em 2019 colheu aproximadamente 60 sacos por hectare. Em 2020, devido à forte estiagem, a média caiu para cerca de 25 sacos, ocorrendo grandes prejuízos. “Com a produtividade e rentabilidade boa nesta safra, esperamos recuperar as perdas do ano passado e ter uma lucratividade neste ano”, alegra-se.
Jair Goettert também destaca que esta pode ser considerada uma safra histórica, pois tanto a produtividade quanto a rentabilidade estão boas. “Geralmente se tem uma ou a outra. E este ano estamos tendo as duas”, comemora. “Hoje o preço está bom, assim como a produção. A expectativa é de que talvez aumente um pouco mais o preço”, diz. “Mas se ficar nessa base já está bom”, salienta.
Segundo Marcelo Cassol, a divergência entre a expectativa inicial e a que se apresenta na lavoura foi em decorrência de um período de seca do verão, que acabou comprometendo um pouco a produção. “Mas os produtores estão satisfeitos com os resultados obtidos na produção das lavouras, e principalmente com o valor recebido pelo produto, que se manteve elevado neste ano”, avalia.