Em uma semana, o Rio Grande do Sul subiu duas colocações e alcançou, na quinta-feira, 11, o topo do ranking de transparência sobre dados epidemiológicos da Covid-19 da Open Knowledge Brasil, com 100 pontos, ao lado de Ceará, Goiás, Minas Gerais e Rondônia, que também somam a pontuação máxima.
No primeiro levantamento, em 3 de abril, o RS aparecia em oitavo lugar, com 36 pontos. Por demanda do governador Eduardo Leite, houve um esforço para desenvolvimento de novas versões das plataformas digitais oficiais que fornecem dados sobre o enfrentamento ao coronavírus.
“Transparência sempre foi o norte da nossa gestão. Devido à pandemia, criamos sistemas novos, como o monitoramento de leitos, que exigiu um trabalho intenso e integrado de diversas secretarias e órgãos, mas desde o início tivemos a intenção de que tudo fosse público e disponível para qualquer pessoa. E agora está. Ficamos satisfeitos com o resultado do ranking e isso nos motiva ainda mais a seguirmos trabalhando firmes no enfrentamento ao coronavírus e, juntamente, não menos importante, no enfrentamento à corrupção, para o que a transparência é fundamental”, destacou o governador.
Com esse esforço conjunto, o RS subiu para o terceiro lugar no levantamento da semana passada, divulgado em 4 de junho, chegando a 95 do total de 100 pontos. Para alcançar essa posição, foi decisivo o trabalho da equipe da Secretaria da Saúde na disponibilização de microdados e a reformulação do principal site de indicadores de Covid-19, o Painel Coronavírus RS, disponível em ti.saude.rs.gov.br/covid19.
A chegada ao topo do ranking foi graças à nova versão do Mapa de Leitos. Disponível no endereço https://covid.saude.rs.gov.br, o painel que antes contava com taxa de ocupação hospitais em três níveis – Estado, macrorregião e região Covid (as 20 divisões usadas no modelo de Distanciamento Controlado) – agora, também disponibiliza por município e hospital.
O trabalho de ampliação de dados foi realizado em conjunto pela Secretaria de Governança e Gestão Estratégica (SGGE) – com colaboração do Escritório de Desenvolvimento de Projetos (EDP) e do Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do RS S.A. (Procergs), vinculadas da pasta – e pela Secretaria da Saúde (SES).
“O mesmo conjunto de informações que o cidadão conseguia ver no macro, como total de leitos e sua taxa de ocupação, uso de respiradores, pacientes com Covid, a sinalização em diferentes cores, conforme for maior ou menor taxa de ocupação, e o histórico dos últimos 14 dias, tudo ele consegue ver, agora, no seu município e no hospital que quiser, dentre o total de 295, com atualizações de hora em hora”, disse o diretor-presidente da Procergs, José Antônio Leal.
Além de consultar os dados, gráficos e históricos, tudo está disponível para download, em formato CSV, que pode ser utilizado para armazenamento de dados e interpretado em diferentes programas, como Microsoft Excel, Google Sheets e Apple Numbers. Esse foi o segundo motivo para que o RS chegasse ao primeiro lugar do ranking.
“Dar transparência é uma obrigação e primamos, principalmente na ótica da saúde, por isso, uma vez que é um direito do cidadão saber a real situação da pandemia no Estado, tanto para se manter informado como para exercer o seu papel de agente responsável no enfrentamento ao vírus”, afirmou a secretária da Saúde, Arita Bergmann.
Todos esses dados, Mapa dos Leitos e indicadores de Covid-19, além de notícias, orientações técnicas, legislações, entre outros conteúdos relacionados ao enfrentamento à pandemia estão unificados em um único site: https://coronavirus.rs.gov.br.
“O governo já vinha trabalhando para tornar o governo cada vez mais digital, mas, neste caso especifico da pandemia, fizemos um esforço conjunto muito grande para que todos os cidadãos pudessem ter os dados estruturados da pandemia de forma clara, em um único ambiente, com acesso de qualquer plataforma, facilitando a vida de quem quer ter a informação”, reforçou a secretária adjunta de Governança e Gestão Estratégica, Izabel Matte.
Todas as informações disponibilizadas são usadas internamente pelo governo, no monitoramento do Gabinete de Crise e seus comitês para a tomada de decisão de políticas públicas e no Distanciamento Controlado, modelo que determina regras proporcionais na medida e no local necessário do Estado.
“O governo toma suas decisões com base em evidências científicas, adota modelos de enfrentamento da pandemia com diálogo, busca a contribuição de especialistas. Faz tudo isso com transparência, e é a sociedade que ganha. Todo esse esforço tem esse sentido: o de preservar vidas”, destacou a coordenadora do Comitê de Dados do governo, Leany Lemos.
O ranking
Também chamada de Rede pelo Conhecimento Livre, a Open Knowledge Brasil pertence a Open Knowledge Internacional e é uma organização sem fins lucrativos e apartidária que atua no país desde 2013. Todos os boletins da organização estão disponíveis no site https://www.ok.org.br.