A Secretaria de Saúde (SES) confirmou neste mês 13 casos de Influenza A no Rio Grande do Sul. São os primeiros positivos no Estado em 2021. Todos são do subtipo A-H3N2, o mesmo responsável por surtos recentes registrados nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Por isso, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) emitiu nessa quinta-feira, 16, um alerta aos municípios sobre a circulação desse vírus de gripe. As medidas de prevenção são as mesmas das recomendadas ao coronavírus: uso de máscaras, distanciamento interpessoal, ventilação de ambientes e vacinação.
Os casos registrados no RS até esse momento não se configuram como surto, que acontece quando há dois ou mais casos confirmados com vínculo entre eles em um mesmo espaço de tempo e lugar. Eles ocorreram em residentes de Cachoeirinha, Pelotas, Porto Alegre (três casos), São Francisco de Paula (quatro casos), Sapiranga e Viamão (três casos). Todos foram identificados pelo Laboratório Central do Estado (Lacen). Nenhum óbito foi registrado entre os casos confirmados até agora.
Identificação de casos suspeitos
Os sintomas de Influenza são semelhantes aos do coronavírus: pessoas com febre, calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza, distúrbios olfativos ou distúrbios gustativos. “O que nós queremos com esse alerta é reforçar juntos aos serviços de saúde que, assim que identifiquem uma pessoa com esses sintomas e resultado negativo para a covid-19, que considerem a possibilidade de ser um Influenza”, comenta a especialista do Núcleo de Doenças Respiratórias do Cevs, Letícia Garay Martins. “Isso é muito importante pois, para a Influenza, há um tratamento específico, mesmo sem a confirmação laboratorial”, acrescenta Letícia.
O tratamento previsto é com o fosfato de oseltamivir (também conhecido pelo nome comercial de Tamiflu), recomendado principalmente nas primeiras 48 horas desde o início de sintomas. Esse antiviral é utilizado para o combate a infecções pelos vírus Influenza (como o H1N1 e o H3N2) desde 2009.
Vacinação da gripe em 2021
A campanha de vacinação contra a gripe neste ano, ocorrida concomitante a da covid-19, não atingiu a meta de cobertura em os grupos prioritários. Apenas 79% das pessoas consideradas de risco (como idosos, pessoas com comorbidades, gestantes, puérperas e crianças) foram vacinadas. A estratégia chegou a ser ampliada para toda a população em julho deste ano, contudo, ainda restaram doses em estoque nos municípios e com o Estado.