Região de Santa Cruz registra melhora nos indicadores e volta para bandeira amarela

Foto: Divulgação/Governo do Estado

O Governo do Estado atualizou no fim da tarde deste sábado, 13, o modelo de Distanciamento Controlado por bandeiras, que divide o estado gaúcho em 20 regiões. A região de Santa Cruz do Sul (R28), que estava com bandeira laranja na última atualização, apresentou melhora em três indicadores considerados para fins de cálculo das bandeiras. Apesar de apresentar piora na variação do número de confirmados em leitos clínicos, o efeito positivo dos demais foi suficiente para levar a região à bandeira amarela na próxima semana. A medida entra em vigor na segunda-feira, 15, e se estende até o domingo, dia 21.

O Estado também registrou quatro situações de bandeira vermelha nos cálculos do modelo de Distanciamento Controlado. As regiões de Caxias do Sul, Santo Ângelo, Santa Maria e Uruguaiana passaram de bandeira laranja para vermelha nesta sexta rodada do modelo. Estas regiões que entraram para a bandeira vermelha permanecerão com a classificação pelas próximas duas semanas.

As mudanças decorrem de dois fatores: a contínua piora dos indicadores de propagação e de capacidade do sistema de saúde e a revisão dos indicadores e dos pontos de corte realizada pelo Estado, que tornou o modelo mais sensível à evolução da doença e mais restritivo às situações mais críticas da pandemia.

Além disso, a região de Bagé passou de bandeira amarela para laranja, e a região de Santa Cruz do Sul obteve melhora nos indicadores, indo de bandeira laranja para amarela. As demais regiões não tiveram alteração na classificação final, sendo que as regiões de Taquara, Pelotas e Cachoeira do Sul permanecem em bandeira amarela.

Confira aqui como ficou o mapa, nesta nova atualização.

Mesmo com os alertas feitos desde semana passada, o Estado continuou apresentando piora nos indicadores em relação à pandemia. O número de novos registros de hospitalizações por Covid-19 nos últimos sete dias, comparado à semana anterior, apresentou um aumento de 32,8%, passando de 241 para 320. O mesmo se observa com o número de internados por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em UTIs, que passou de 280 para 365 internações – crescimento de 30,4%.

Na macrorregião Metropolitana, as regiões de Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo e Capão da Canoa permanecem em situação de alerta. Apesar de permanecerem com bandeiras laranja, as quatro regiões apresentaram piora nos indicadores de propagação na última semana.

PRINCIPAIS DADOS DA SEXTA RODADA

O número de novos registros de hospitalizações SRAG de confirmados com Covid-19 aumentou 32,8% entre as duas últimas semanas (de 241 para 320);

O número de internados em UTI por SRAG aumentou 30,4% entre as duas últimas sextas-feiras (de 280 para 365);

O número de internados em leitos clínicos com Covid-19 aumentou 13,8% entre as duas últimas sextas-feiras (de 224 para 255);

O número de internados em leitos de UTI com Covid-19 aumentou 35,7% entre as duas últimas sextas-feiras (de 171 para 232);

O número de leitos de UTI adulto livres para atender Covid-19 aumentou 8,3% entre as duas últimas sextas-feiras (de 542 para 587);

O número de óbitos por Covid-19 reduziu 10,7% entre as duas últimas semanas (de 56 para 50).

As regiões com maior número de novos registros de hospitalizações nos últimos sete dias, por local de residência do paciente, são Porto Alegre (89), Caxias do Sul (63), Passo Fundo (26), Novo Hamburgo (24) e Santa Maria (21).

ENTENDA O DISTANCIAMENTO CONTROLADO

Com base em evidências científicas e análise de dados, o modelo de Distanciamento Controlado – que está oficialmente em vigor desde 10 de maio, com o Decreto 55.240 – tem o objetivo de equilibrar a prioridade de preservação da vida com uma retomada econômica responsável em todo o Rio Grande do Sul.

Para isso, o governo dividiu o Estado em 20 regiões e mapeou 105 atividades econômicas. A partir de um cálculo que leva em conta 11 indicadores, segmentados em dois grupos – propagação do vírus e capacidade de atendimento de saúde –, determinou a aplicação de regras (chamados de protocolos) mais ou menos restritas para cada segmento de acordo com o risco calculado para cada região.

Conforme o resultado do cruzamento de dados divulgados de forma transparente, cada local recebe uma bandeira nas cores amarela (risco baixo), laranja (risco médio), vermelha (risco alto) ou preta (risco altíssimo).

O monitoramento dos indicadores de risco é semanal, e a divulgação das bandeiras ocorre aos sábados, com validade a partir da semana seguinte.
(Com informações do Governo do Estado)