Quando nascemos, trazemos em nossos genes virtudes, como características positivas, além de aspectos relacionados a uma má índole precoce que pode, no entanto, ser lapidada no decorrer do tempo.
Neste período de reclusão em nossos lares, é muito fácil perder as “estribeiras” e revoltar-se com questões sem maior relevância, principalmente entre familiares e amigos em conversas em grupos do WhatsApp, onde os ânimos podem se alterar num piscar de olhos.
Neste caso, tenha muita calma e paciência. Pense duas vezes antes de trocar farpas com alguém do seu meio de convivência. Você pode se arrepender mais tarde.
Pratique a empatia, que é o dom de saber se colocar no lugar de outra pessoa.
É uma habilidade que nem todos possuem pelo fato de estar ligada a virtude de saber ouvir e entender o que os outros tem para dizer. Isso poderá lhe permitir prestar solidariedade e conforto às pessoas que estiverem necessitando de um ombro amigo para conversar ou desabafar.
Outra virtude que Deus deu à humanidade chama-se de livre arbítrio, onde todos possuem a opção de escolher entre o certo e o errado. Devemos usar com sabedoria nosso livre arbítrio para evitar efeitos, muitas vezes devastadores, de fazer escolhas moralmente erradas. Nenhum de nós faz escolhas corretas o tempo todo. Cabe a nós, porém, decidir pelo justo e seguir pelo caminho que nosso coração indicar.
Outro conceito que devemos seguir é em relação ao bom senso, quando da tomada de decisões. Existem situações em que pessoas “discordam apenas por discordar”.
Em situações que envolvem questões político-partidárias, onde muitas vezes boas ideias e projetos são rejeitados por posicionamentos extremistas e radicais permite-nos refletir sobre como devemos nos portar visando o bem comum e da sociedade.
Já o egoísmo é o hábito ou necessidade de uma pessoa colocar seus interesses e opiniões em primeiro lugar, em contraponto à de outras com que se relaciona. Faz-nos transparecer terem estas pessoas sempre “a última palavra”, a qualquer momento e em qualquer situação.
Infelizmente, o egoísmo está presente na própria natureza humana. Cabe à nós revermos este preceito em benefício de nosso bem interior fazendo uma autoanálise sobre essa não virtude.
Outra desvirtude de alguns é a avareza.
É um “pecado” que persiste desde o início dos tempos e que trata sobre a dificuldade e o medo de perder algo que se possui, como bens materiais e recursos. A estas pessoas chamamos popularmente de pão-duro, mão-de-vaca ou unha-de-fome.
Não devemos, no entanto, confundir avareza com ambição. Todos nós temos o direito de ambicionar melhorar de vida, de aprender novas línguas, de nos divertir, de conhecer novos lugares e, principalmente, de sermos felizes.
Emigdio Henrique Engelmann – professor universitário aposentado