Por: Ricardo Gais
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Na série de entrevistas com os candidatos a prefeito e vice-prefeito para concorrer à Prefeitura de Santa Cruz do Sul, seguindo a ordem de oficializações das chapas, o Riovale Jornal dá sequência com os candidatos a prefeito Frederico de Barros (PT) e vice Manu Mantovani (PCdoB).
Frederico de Barros, 27 anos, é filho de um bancário e de uma professora. Formado em jornalismo, possui uma empresa junto com sua irmã e filiou-se ao Partido dos Trabalhadores (PT) em 2016 e se tornou presidente do partido em 2019. “Sou uma pessoa que acredita no diálogo. Me tornei uma liderança que se construiu nesse diálogo, criando consenso às vezes em um partido que não é fácil de administrar que é o PT, que tem muitas correntes, ideias, pensamentos, e dentro disso, por conta desse trabalho, que a gente fez a reorganização do partido, então fui indicado para concorrer a prefeito”, disse. O candidato também diz ser uma pessoa que quer ver as mudanças acontecerem no Município. “A política deve ser isso, a gente tentar melhorar a vida das pessoas e isso só se dá se a gente combater a desigualdade e somente com o engajamento das pessoas que a política pode mudar de fato”.
A candidata a vice-prefeita, Manu Mantovani, 41 anos, é mãe, jornalista e mestra em Desenvolvimento Regional no qual também é doutoranda. Possui especialização em marketing de planejamento estratégico e é pesquisadora na área de políticas públicas, além de estar fazendo uma segunda graduação em sociologia. Manu também é militante da esquerda há 25 anos, primeiro pelo PT e agora pelo PCdoB, no qual se filiou em 2017. “Com todas as realizações e limitações que a maternidade impõe às mulheres em um país como o nosso, eu conheço de perto essa realidade e sou muito sensível a essas causas, por isso que eu acho importante que mais mulheres estejam na política”, disse. Manu acredita na boa política, feita em benefício das pessoas, com objetivo de garantir que todas as crianças tenham direito a escola, que todas as mulheres tenham trabalho e que todos os chefes ou as chefes de família tenham emprego e renda.
Questionados sobre o motivo de serem candidatos a concorrer ao Palacinho, Frederico diz que vê uma necessidade de mudança e que é preciso escolher algo diferente. “Se escolhermos as mesmas famílias e siglas, vamos ser levados para o mesmo caminho de sempre”. O candidato pontua que é necessário ouvir a população e saber das necessidades dela para nortear um caminho.
Já a candidata a vice, Manu, acredita no poder transformador da política quando feita em prol da sociedade. “Em Santa Cruz a gente tem sete candidatos, sendo que seis representam um mesmo projeto político, que não trabalha para o povo, pelo bem-estar, bairros e interior. Vemos que os bairros e o interior estão abandonados, e no Centro estão plantando flor. A gente precisava oferecer uma perspectiva, um futuro diferente, com um olhar para as pessoas e pelas pessoas, a partir das necessidades delas”, disse.
Os dois candidatos veem Santa Cruz como uma terra de oportunidades, mas consideram o município muito desigual, quando se compara os bairros com o centro da cidade. “Nos bairros não vemos estruturas pensando no bem-estar, lazer e cultura. Ainda que as redes de saúde e educação estejam menos ruins, nesse sentido, não vemos um planejamento urbano”, pontuam. Eles também citam o crescimento da cidade que não se dá de maneira ordenada e assim surgem os problemas como a falta de água. “A gente vive em um município rico que tem critério para as crianças ocuparem vagas nas creches, isso é absurdo! O critério para ela ocupar uma vaga na creche é o direito constitucional”, argumenta Manu.
Questionados se caso eleitos, Frederico e Manu disseram que a população poderá esperar um governo comprometido, com a geração de emprego, a educação de qualidade e um governo aberto ao diálogo. “E claro, podem esperar um governo que vai estar atento às necessidades das pessoas, combater a desigualdade, e não podemos permitir que nosso povo passe fome”, finalizou o candidato a prefeito. Já a candidata a vice-prefeita diz que a população pode esperar por um governo comprometido com as pessoas, prevenção a violência conta a mulher, educação e usar a política como instrumento de transformação.