Lamentável o novo rebaixamento do Avenida para a segundona. Até quando vamos sofrer com este ioiô, como diz o Mauricio Saraiva? Um ano faz um time bom para a segunda divisão e sobe, mas esse time bom da segundona é nada mais que um time bom pra segundona e não pode ser base para o Gauchão. Olhem os times que os outros fazem, Novo Hamburgo, Caxias, Veranópolis e nos últimos anos até o nosso vizinho Lajeadense tá dando um exemplo de montar time… Então, serve para o Santa Cruz também, que escapou com as calças na mão. Time bom tem que começar a fazer cedo, pesquisar, ouvir, e pagar, afinal o dinheiro da federação é o mesmo pra todos os times do interior… Que sirva de lição.
Jogo futebol ainda em brincadeiras e narro futebol há quase 30 anos. Nestes anos todos e até com certa pena, acompanhei as dificuldades de alguns profissionais do futebol, como por exemplo árbitros e goleiros, que não têm o direito de errar. Imaginem…Um árbitro errar e pode estar decidindo um jogo, o mesmo acontecendo com o goleiro. Agora, já pararam pra pensar no que passa também um centroavante? Aquele camisa 9 que fica correndo 90 minutos ali perto da área, de um lado para o outro, esperando, torcendo e rezando pra chegar uma bola e se possível uma bola em condições razoáveis de aproveitamento… E se durante todo o jogo ela não vier, o centroavante vai pra casa por melhor que ele seja, sem ter conseguido jogar. Agora, pode ser pior. Pior que ser centroavante, é ser pai de centroavante. O pai de um centroavante sofre do lado de fora do campo, dá soco na cerca, se descabela, grita, esbraveja, faz de tudo, quase entra em campo para entregar uma bola para seu filho fazer um gol. Pai de um centroavante adolescente então… É muito sofrimento. O relógio do árbitro corre, e a bola não vem. E ele tenta convencer a todos que seu filho é bom jogador, que sabe fazer gols… Mas provar como? Só se a bola vier, enquanto isso, haja sofrimento. Não é fácil a vida de pai de centroavante.
O atacante Neymar do Santos não cabe mais no futebol brasileiro. Ele parece de “mundo”. Depois de cada jogo do Santos os programas esportivos de todo o país, de todos os canais, destacam as imagens do que fez Neymar no jogo. E são sempre belas jogadas, belos gols. É um jogador de outro nível, não nos pertence mais. Nos shows, nos desfiles de moda, grandes eventos, lá está Neymar. Semana passada esteve em Porto Alegre para o jogo contra o Inter, e depois do empate em campo, deu uma “esticada”. Agora aparece nas páginas dos jornais e sites por ter ficado preso no elevador depois de visitar uma “amiga” até as primeiras horas da manhã do dia seguinte ao jogo. Teve que ser retirado a força do elevador que ficou danificado e causou revolta dos demais moradores do prédio que precisam usar a escada para subir e descer até os apartamentos. Então, não tem um dia que Neymar esteja ausente das notícias no Brasil, seja pelo futebol ou pela sua vida social agitada. O jogador que ganha aproximadamente 3 milhões de reais por mês, é um dos melhores do mundo e vive uma realidade de Europa no Brasil. Neymar já não nos pertence mais, alguém discorda?