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Que momento estamos vivendo?

Sentado na sacada de meu apartamento avalio os acontecimentos oriundos do novo coronavírus, onde temos uma cidade quase que na sua totalidade contingenciada dentro de suas residências. Vivemos momentos que nunca pensávamos em viver. Trabalhos em home office, talvez para muitos nunca existiram, uma vez que só conheciam tal expressão via filme dos “gringos”. Temos uma calamidade avassaladora, que pegou todos, sem exceção, de surpresa.
Será que o que estamos fazendo, a tão falada e noticiada “quarentena”, terá o necessário efeito? Ou ainda, será que este momento enclausurado é tão necessário como comentado e defendido pela mídia? São perguntas sem respostas. Não sabemos o amanhã.
Talvez, o que sabemos mesmo é que, ao persistir tal “quarentena”, teremos diversos problemas, já existentes, porém multiplicados por uma quantia imensurável; temos de acreditar que o que nos espera é algo fora do controle, uma crise jamais vivenciada. Teremos de enfrentá-la… Mas como?
Muitas pessoas falam que em uma situação destas aparecem novas oportunidades… Pensemos novamente que nunca enfrentamos nada parecido, e ainda assim temos sim de ser otimistas e garantir que na crise sempre há oportunidade. Teremos de acreditar nisto e ser bastante criativos para enfrentar tal avalanche, não apenas financeira, mas psicológica e mental.
Mas passamos a enfrentar a crise referente às finanças, óbvio que o mais importante aqui é a vida, mas passada a situação, vencido este maior obstáculo, vamos às finanças. Uma empresa sem giro, sem venda, como se manterá? Como manterá suas obrigações? Funcionários? O funcionário sem salário e sem emprego para alimentar sua família? Como restará esse caos?
A questão econômica implica em ter ou não saúde! Essa manifestação vem no sentido de pensarmos que, munidos de muita informação, talvez o maior problema esteja por vir: psicológico, financeiro e mental da nossa população.
Além de tudo, este coronavírus nos dará aula, fora as que já têm nos dado, como no exemplo de pais cuidando de seus filhos, acompanhando-os como talvez nunca o fizeram, esposos dedicando tempo de verdade a seus cônjuges. Quanto à psicologia, finanças, saúde mental, física, pois é importante manter o corpo em movimento, e ainda, a valorizar cada momento de nossas vidas, porque tanto para os que têm muito ou tem pouco, a regra da vida é igual, isso está cada dia mais evidente.

*Antonio Kraide Kretzmann – advogado da equipe BVK Advogados