Bom, certamente muitos diriam: com o “medo” do teste de farmácia dentro do banheiro, imóvel, tentando entender qual tracinho diz: positivo ou negativo. E com o teste, vem a incerteza. Vamos para o teste de laboratório, coletar o sangue e ter a confirmação. Nasce agora a ansiedade, principalmente em saber o resultado.
Quando ele chega, com o coração na mão, abrimos o envelope tão rapidamente e, os olhos marejados leem com dificuldade POSITIVO. E agora, será que nasce uma mãe?
Ou será que ela já nasceu, em seu instinto… Contar para o marido, para a família… nasce a expectativa. Será menina? Será menino? A primeira consulta, o acompanhamento pré-natal, nascem muitas perguntas… muitas inquietações. Aquele gel na barriga ameniza o friozinho interior e as lágrimas rolam ao ouvir pela primeira vez os batimentos acelerados de seu coração… 173 batidas por minuto? É agitado… Coração da mamãe pula de alegria… outro coração está batendo tão forte e rápido aqui dentro…. segurando a emoção, nasce a certeza.
Sim. Vou ser mamãe. Vamos ser papais… Deixo o papel de filha e assumo mais responsabilidades. Estou grávida e com essa certeza nasce tudo: medo (de não ser uma boa mãe, angústia, alegria… felicidade, insegurança… um misto de sentimentos indescritível).
A cada ultrassom, a cada consulta nasce a falta de paciência, afinal, o tempo segue seu fluxo. Náuseas, enjoos, dores aqui e ali acompanham uma boa parte dos nossos dias… Mas logo descobriremos o sexo do bebê, e com ele o nossos planejamentos do futuro começam a ter uma cor, um nome… Seu nome, Isabel Maria.
O tempo avança, a insegurança nos persegue e logo começam aqueles minis movimentos de dentro pra fora… as mãozinhas, os pezinhos se agitando em sintonia… Que sensação mágica. Falta pouco… O tempo continua a passar…
Pensar nas roupinhas, no quarto, na banheira, fotos grávida… coisas para bebês. Começam a nascer as dúvidas sobre o parto, o primeiro banho, hospital, os profissionais.
São tantos sentimentos e emoções nascem durante uma gestação, tão intensos, tão fortes. O desespero, misturado com a ansiedade, chega a fazer doer o coração… É como se o coração estivesse se preparando para ser arrancado do peito. E, por um instante, nos sentimos plenas, amada… tranquila, olhando a barriguinha e imaginando cada traço de seu rosto (será que vai parecer com a mamãe, ou com o papai), e seus olhinhos? Verdes, azuis ou castanhos? Uma das vovós tem o olho azul, a outra, castanhos, os vovôs têm os olhos esverdeados… qual será essa misturinha? Seu tamanho, seu peso…
A cada dia uma mão desabrocha, em cada descoberta, em cada sentimento… em cada suspiro… cada movimento…
É assim que nasce uma mãe, com o amor incondicional, todos os dias, pensando como será a maior dádiva de sua vida, a graça de ser mãe!